(2017
– Nacional)
Independente
Atordoado! Junte tudo
de bom que aconteceu nos anos 70 (na ‘gringa’ e na terra ‘brasilis’), misture e
tome sem moderação. Só assim para definir o trabalho dos cariocas do Blind
Horse em “Patagonia”, terceiro registro na discografia da banda. Maestria na
execução instrumental, criatividade, psicodelia, peso, experimentalismo e muito
mais!
O álbum abre com Patagonia. Quinze minutos de ótimas
texturas e diversas referências (Stoner, Hard Rock, música instrumental, prog
rock...). A segunda faixa, Stun Bomb
Blues, é composta de vinte e oito segundos de vocal apenas. Rock and Roll and Me é pesada e
influenciada por Rainbow.
Na quarta faixa, Noite Estranha, ouvimos a banda cantando
em português, remetendo às influências das bandas brasileiras dos anos 70. Soa
tão bem quanto as pioneiras brazucas. O Heavy setentista prossegue em Soul Locomotive, na qual há o toque
especial de um coro bluesy/gospel no fim da canção. Los Heraldos Negros, em castelhano, fecha o trabalho mantendo o
mesmo padrão das demais.
A banda é formada por
Alejandro Sainz (vocais), Rodrigo Blasquez (guitarra), Eddie Asheton (baixo) e
Gabriel Santiago (bateria). Muito bom conhecer e ouvir novos grupos, que
procuram trilhar caminhos diferentes da cena atual do Heavy Metal/Hard Rock. O
Blind Horse, certamente, contrapõe-se ao (ótimo!) momento das bandas extremas e
melódicas, primando, da mesma maneira, pela qualidade musical e criativa.
Diferente e saudável.
9,5
Adalberto
Belgamo
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