(2017
– Nacional)
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Fugindo de trocadilhos,
o novo álbum do Hatefulmurder traz sangue nos olhos. Tal fato agrada de cara,
afinal de contas era mais que aguardada a estreia de Angelica Burns nos vocais
e valeu à pena, pois estamos diante de um trabalho que não surpreende (pela
qualidade já conhecida da banda), mas atende as expectativas.
Trazendo sua sonoridade
extrema, que vai além do Thrash/Death Metal que um dia definiu a banda, “Red
Eyes” mostra um quarteto coeso, objetivo e que sabe o que quer, tanto que
exploram tudo quem podem em nove composições distribuídas em pouco mais de meia
hora.
A destruição já vem de
cara com a ótima composição Silent Will
Fall, perfeita e brutal para a abertura do disco. Na faixa título (que se
tornou videoclipe), a banda mostra que os refrãos são uma de suas forças e em
meio a um instrumental tenso, Angelica conta com apoio das vozes limpas do
guitarrista Renan Ribeiro, o que cai muito bem em contraste com suas linhas
rasgadas.
Falando em refrãos, Riot é um ‘hit’ imediato e mostra uma
perfeita composição para shows, já que incita o ‘pogo’ e a todos cantarem
juntos. Time Enough at Last e sua
leve melodia, My Battle e a obscura Creature of Sorrow, que encerra o disco,
também merecem menção.
Com uma produção atual
e equilibrada a cargo de João Milliet, “Red Eyes” mostra-se um disco maduro de
uma banda esclarecida e entrosada. Destaque para a belíssima capa a cargo do
grego Orge Kalodimas, que à primeira vista parece simples, mas é cheia de
detalhes e mensagens. Quem ‘trampo’!
9,0
Vitor
Franceschini
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