Por Vitor Franceschini
São mais de 20 anos de
carreira dedicados ao Metal extremo e oriundos de um cenário prolífico na área.
Afinal de contas, o Empire of Souls é mais uma banda que representa o cenário
da baixada santista, cena especializada em produzir ótimos nomes do Metal
extremo em geral. Trabalhando há algum tempo em seu segundo álbum, o grupo hoje
formado por Mario Dutra (vocal) Cleber Juca e André Henrique (guitarras), Unchristian
Bacci (baixo) e Leonardo Zeferino (bateria) anseia como nunca em soltar seu
novo disco, já que o single “Si Vis Pacem, Para Bellum” (2015), foi o último
lançamento inédito da banda.
Há
algum tempo estamos esperando o Empire of Souls lançar o segundo disco (risos).
Mas, parece que houve alguns problemas para gravá-lo, certo? Afinal, o que
aconteceu?
Mário
Dutra: Pode ter certeza que a espera não é somente do
público (risos). Realmente houve alguns problemas, mas não de nossa parte! Os
sócios do estúdio tiveram algum tipo de desentendimento e romperam a parceria
que tinham justamente no período em que estávamos gravando. Consequentemente
saímos prejudicados e tivemos que começar tudo novamente...
Vocês
podem nos adiantar algumas características tanto musicais, quanto líricas que o
vindouro álbum irá trazer?
Mário:
Creio que o material deste novo trabalho não será propriamente uma novidade, já
que todos os sons têm feito parte de nosso repertório nestes últimos dois anos.
Muito do que foi visto no “Revenge Circle” (2003) e no single “Si Vis Pacem,
Para Bellum” (2015) estarão lá. Nossa temática lírica de uma maneira geral tem
como principal objetivo levar o público a questionar tudo que nos é imposto
pela sociedade de uma maneira geral; Exemplo, O Opositor, nosso primeiro som em português, faz uma crítica ao
dogmas religiosos e Impure Desire
brinca com o dilema entre o que é certo, moral e desejos reprimidos.
E
qual a previsão de lançamento do novo trabalho?
Mário:
Confesso que essa é uma pergunta perturbadora, mas em princípio primeiro
semestre de 2018. Espero (risos).
Aliás,
o último lançamento da banda foi o single “Si Vis Pacem, Para Bellum” que saiu
em 2015. Após algum tempo, como a banda vê o trabalho?
Mário:
O “Si Vis Pacem, Para Bellum” marcou nosso retorno às atividades e tem muito do
que estamos fazendo atualmente. Particularmente gosto muito dos dois sons.
O
single recebeu ótimas críticas da mídia especializada. E em relação ao público,
como foi a repercussão do trabalho?
Mário:
Pessoal
curtiu bastante, inclusive fizemos um clipe da música To Become Maker onde focamos exatamente no público e em sua reação
com este som que faz parte do “Si Vis Pacem, Para Bellum”.
Falando
nisso vocês disponibilizaram o single e o debut, “Revenge Circle” (2003) para
download gratuito. Isso foi feito para saciar um pouco a sede dos fãs que
esperam o novo disco? (risos)
Mário:
Com toda a certeza! Creio que hoje em dia temos mesmo que disponibilizar tudo
para download gratuito, se queremos divulgar nosso som a internet está aí para
isto.
E
o que vocês podem falar sobre o primeiro disco hoje em dia? Afinal, lá se vão
quase quinze anos de seu lançamento...
Mário:
Hoje após todo este tempo, ainda temos muito orgulho pelo que fizemos naquela
época e quando ouço as faixas ainda soam-me atuais. Claro que evoluímos muito,
tanto musicalmente quanto em outros âmbitos. Mas nossa essência é aquela ali, e
o que você ouve ali, mostra quem somos. Aliás, continuamos sendo.
O
Empire of Souls tem mais de 20 anos de carreira (a banda surgiu em 1995), porém
ficou parado entre 2009 e 2014. Por que houve essa pausa e como se deu o
retorno?
Mário:
Teve
um momento que ficou realmente difícil conciliar trabalho, estudos e família
com a banda. Alguns perderam emprego, outros o casamento, mudança de carreira e
por aí vai. Mas sempre que nos víamos surgia a ideia de um ensaio, mas eram
tantas outras prioridades que o Empire Of Souls acabou ficando em segundo
plano. Sabendo de nossa intenção de voltar, o Luiz Carlos Louzada (Vulcano) nos
intimou a participar de um show em seu projeto “Trinca dos infernos” aqui em
Santos, conversamos e pensamos... Por que não?? Ensaiamos um pouco e pronto,
estamos de volta à ativa e muito atuantes desde então.
Antes
de lançar o debut, vocês chegaram a lançar três demos: “My Fear” (1996),
“Mystic Lands” (1998) e “Triumph of Death” (2000). Esse material com certeza é
raríssimo. A banda pretende relançá-lo, até em um só formato, para resgatar
essas demos e presentear os fãs?
Mário:
Hmmm você acaba de dar uma boa ideia (risos).
Por
fim, além do lançamento do segundo disco, o que a banda planeja?
Mário:
O foco principal é realmente lançar este álbum, estamos preparando também um
novo videoclipe que sairá próximo ao lançamento do CD, após isto começar a
ensaiar os sons novos que já estão engatilhados, seguir lançando materiais
anualmente e pegar a estrada!
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