(2016
– EP – Nacional)
Independente
O conceito em abordar
as raízes do Brasil já se tornou comum no Metal. Este ‘comum’ de forma alguma é
pejorativo, mas sim para identificar que a temática está sendo abordada por
diversas bandas e isso é muito bom. Vide Voodoopriest, Tamuya Thrash Tribe, Arandu
Arakuaa, entre outras bandas... todas falam de temáticas indígenas e isso é
muito importante para nossa cultura de forma geral.
Com os brasilienses do
Tupi Nambha não é diferente e o grupo, que foi formado no ano passado, investe
firme na proposta. A sonoridade é uma mescla de Metal, ritmos tribais e mangue
beat, o que gera um resultado interessante e com peso na medida certa. A banda
também adota certo ‘groove’, que a coloca em algo próximo do Thrash Metal, mas
sem tanta agressividade.
O grupo canta, na
língua indígena, sobre a tribo Tupinambá, um povo indígena que, por volta do
século 16, habitava duas regiões da costa brasileira: a primeira ia desde a
margem direita do rio São Francisco até o Recôncavo Baiano; a segunda ia do
cabo de São Tomé, no atual estado do Rio de Janeiro, até São Sebastião, hoje o
estado de São Paulo. Esse segundo grupo também era denominado de Tamoio.
O álbum, produzido por
Caio Cortonesi, traz sete composições bem equilibradas, que trazem uma banda
com identidade e que em momento algum deixam a energia cair. Para uma estreia,
o Tupi Nambha vem bem e marca seu território, fortalecendo não só o cenário
nacional, mas também a cultura brasileira.
8,5
Vitor
Franceschini
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