Por Vitor Franceschini
Bom, primeiramente vamos
bater naquela tecla de que a intenção aqui é expor uma opinião e não ser o dono
da verdade. Por isso, a matéria não é no sentido de demérito. Pelo contrário, senão
o título não teria a palavra ‘clássicos’. No mais, é bom entender que quando a
gente diz que ‘não é fã de um trabalho ou banda’, não significa que não
gostamos do mesmo (muito menos que são ruins), simplesmente quer dizer que não
o exaltamos ou não nos soa essencial, bom, pelo menos no meu caso.
Por isso aqui, resolvi
destacar alguns trabalhos (e banda) que são idolatrados pela grande maioria do
público da música pesada (com merecimento, pois sou minoria), mas que não me
agrada tanto assim (em alguns casos nem um pouco). Em alguns casos até as
bandas não me soam ‘essenciais’ e eu explanarei isso. No mais, não se trata de nada
digno de um ‘hater’, e muito menos uma opinião definitiva, pois não há quem ou o
que me faça desistir de gostar de algo.
Iron
Maiden – “Powerslave” (1984)
Esse disco tem um sabor
especial (e amargo) pra mim. Afinal, foi o primeiro trabalho da donzela que
tive e me desfiz (me arrependo sim), além de ser um dos discos mais cultuados
pelos fãs. “Powerslave” é sem dúvidas um dos trabalhos mais ‘Heavy Metal’ do
Iron, no sentido de pegada e temáticas. É veloz, pesado, técnico e atendes
todos os requisitos do estilo. Mas soou sem graça logo de cara para este quem
vos escreve. Há um motivo que a princípio, eu achava essencial: o fato de ter
ouvido coletâneas da banda antes do disco. Porém, com o tempo a opinião foi se
intensificando, e os argumentos aumentando. O disco me parece magro diante de
um “The Number of The Beast” (1982) ou um “Piece of Mind” (1983) – citarei só
trabalhos com o Bruce Dickinson para não gerar outros assuntos – sem contar que
é um disco de transição, pois depois dele a banda parte para uma veia mais
moderna e progressiva com o maravilhoso “Somewhere in Time” (1986). O engraçado
é que o disco tem uma das minhas composições preferidas da banda, Rime of The Ancient Mariner (só faltava
eu não curtir né?), mas não é suficiente pra eu cair de joelhos pelo trabalho.
Morbid
Angel – “Altars of Madness” (1989)
O Morbid Angel entra no
caso de banda superestimada em minha opinião. Será que mexi num vespeiro? Com
certeza. Porém, jamais direi que a banda é ruim e sempre vou exaltar meu amor
por “Covenant” (1993), o terceiro disco da banda. Porém, nunca consegui ver no
querido Morbid o mesmo potencial de nomes como Benediction, Obituary e acho até
que bandas subestimadas como Altar e Vital Remais, possuem um talento acima da
banda de Trey Azagthoth, que aliás, sempre me deixou confuso com o timbre que
opta usar na sua guitarra, pelo fato de não ser maciço como o Death Metal pede.
No caso de “Altars of Madness”, é um disco que, apesar de ser digno do estilo,
sempre que ouço me passa batido. E olha que não foram poucas vezes, muitas,
aliás. Mas, não pega. Imaginar que quando ouvi “Covenant” pela primeira vez e
até “Domination” (1995), gostei dos trabalhos de primeira. Aí fica aquela
pergunta: o que esse disco tem que todo mundo ama e eu não consigo identificar?
Slayer
– “Reign in Blood” (1986)
Mais um vespeiro, pior,
maior ainda. Mas, quem me conhece e me acompanha sabe que o motivo de achar
“Reign in Blood” um disco bom e nada mais é pelo fato de preferir e amar outros
grandes trabalhos do Slayer. No meu caso, “Show no Mercy” (1983), o álbum de
estreia, foi paixão à primeira vista e um dos introdutores deste jornalista à
música extrema. Já “Seasons in The Abyss” (1990) foi saber que o Slayer não era
só velocidade e paulada, além de letras ‘ingênuas’. Portanto, o fato de o
clássico absoluto do Thrash Metal (não para mim) “Reign in Blood” ser
superestimado fica por conta simplesmente de saber que o Slayer tem trabalhos
superiores. Porém, deixo claro, é um disco e tanto.
Mayhem
– “De Mysteriis Dom Sathanas” (1994)
Para mim o Mayhem não
vive só de música, pra começo de conversa. A cultuada banda norueguesa talvez
passasse batido se somente sua música fosse o foco, porém há mais que isso.
Tragédias são fatos consumados na banda (e todo mundo das histórias), sem
contar as polêmicas fora dos palcos, a postura de seus músicos e principalmente
dos fãs. Já a música do Mayhem é simplista até propositalmente, e a banda soou
bem mais interessante no meio de sua carreira quando apostou em trabalhos mais
versáteis e bem produzidos, quando optou por ser a escória do Metal extremo. A
importância de “De Mysteriis Dom Sathanas” para o Black Metal e até para a
música extrema em geral é inegável, mas o disco não atingiu este status apenas
por sua qualidade musical. Doa a quem doer.
Black
Label Society
Das bandas citadas acima,
amo o Iron Maiden, amo Slayer, acho Morbid Angel excelente e gosto de muita
coisa do Mayhem. Porém, ali a questão foram os trabalhos. Mas, nesta saga que
pretendo iniciar aqui na coluna, sempre vou encerrar com uma banda que não me
agrada. A premiada para inaugurar o posto é o Black Label Society. Não só a
banda, mas nem o músico Zakk Wylde me agrada. Sua fase com o Ozzy só me atrai
com o disco “No More Tears” (1991) e definitivamente nada da discografia de sua
banda mais renomada (pois ele fez parte de outros projetos) me atraem. Sim, já
ouvi quase toda a discografia do Black Label Society, e o estilo dele não me
agrada, sua forma de tocar não me convence (aquelas torcidas de cordas me dá
nos nervos) e muito menos sua forma de cantar. O estilo americanizado de sua
música pra mim não convence, e a sujeira artificial então... Puta banda sem
graça. Passo.
NÃO
SERÃO PUBLICADOS COMENTÁRIOS ANÔNIMOS.
*Vitor
Franceschini é editor do ARTE METAL, jornalista graduado, palmeirense e
headbanger que ama música em geral, principalmente a boa. Acha “Vingadores:
Guerra Infinita” superestimado também.
�� kkkkk
ResponderExcluirEu também não gosto do black label !
ResponderExcluirE o clássico do slayer também não !!!