quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Sad Theory – “Entropia Humana Final”


(2017 – Nacional)

Independente

Progressivo, Melódico e Death Metal. O Sad Theory, se abrangesse somente estes estilos soaria comum, assim como abrange. Mas, a forma como mesclam estes estilos, executam sua música e destilam suas letras é o que diferencia a banda, aliás, por um lado positivo impressionante.

Para quem não conhece, a banda surgiu há 20 anos exatamente com esta proposta, inicialmente cantando em inglês. Sua sonoridade evoluiu, amadureceu, e mesmo tendo um pequeno hiato de 3 anos, já lançaram seis discos, sendo que do quarto em diante, “Descrítica Patológica” (2012), apostam na maior parte das letras em inglês.

O novo disco representa a evolução natural pela qual a banda sempre se dispôs, colocando seu talento ímpar disponível em músicas que impactam desde o início. É só ouvir Willard Suitcases, que abre o trabalho e ter tal sensação. Riff forte, instigante, assim como um refrão que já cativa o ouvinte.

A fórmula segue em todo disco, claro que com cada composição possuindo suas peculiaridades. Porém, tendo em comum o trabalho maciço das bases de guitarras, solos proporcionais às composições e uma cozinha consistente, com um baixo aliado ao peso e uma bateria que explora o quanto pode de seus recursos no disco.

Liricamente mais um trabalho fenomenal, com temáticas poéticas e filosóficas falando sobre nós humanos que, havemos de concordar, somos peças infindáveis para temas de músicas, livros, filmes e arte em geral. Loucura, opressão, ponerologia, assassinatos e genocídios relacionados a fatos históricos e reais se incluem aí.

Destaque ainda para músicas como Maestro, a melodiosa e cadenciada Inanição, que conta com participação especial de Guilherme "Luxyahak" Medina, A Cadela de Buchenwald e a dinâmica S-21. Todas as composições possuem um mini texto que explica seu conceito, o que é de extremo profissionalismo da banda, assim como a ótima produção do disco, que ficou por conta do próprio guitarrista Alysson Irala. Mais uma obra prima do Sad Theory.


9,0

Vitor Franceschini

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