(2017
– Nacional)
Independente
Progressivo, Melódico e
Death Metal. O Sad Theory, se abrangesse somente estes estilos soaria comum,
assim como abrange. Mas, a forma como mesclam estes estilos, executam sua
música e destilam suas letras é o que diferencia a banda, aliás, por um lado
positivo impressionante.
Para quem não conhece, a
banda surgiu há 20 anos exatamente com esta proposta, inicialmente cantando em
inglês. Sua sonoridade evoluiu, amadureceu, e mesmo tendo um pequeno hiato de 3
anos, já lançaram seis discos, sendo que do quarto em diante, “Descrítica
Patológica” (2012), apostam na maior parte das letras em inglês.
O novo disco representa a
evolução natural pela qual a banda sempre se dispôs, colocando seu talento
ímpar disponível em músicas que impactam desde o início. É só ouvir Willard Suitcases, que abre o trabalho e
ter tal sensação. Riff forte, instigante, assim como um refrão que já cativa o
ouvinte.
A fórmula segue em todo
disco, claro que com cada composição possuindo suas peculiaridades. Porém,
tendo em comum o trabalho maciço das bases de guitarras, solos proporcionais às
composições e uma cozinha consistente, com um baixo aliado ao peso e uma
bateria que explora o quanto pode de seus recursos no disco.
Liricamente mais um
trabalho fenomenal, com temáticas poéticas e filosóficas falando sobre nós
humanos que, havemos de concordar, somos peças infindáveis para temas de
músicas, livros, filmes e arte em geral. Loucura, opressão, ponerologia,
assassinatos e genocídios relacionados a fatos históricos e reais se incluem
aí.
Destaque ainda para
músicas como Maestro, a melodiosa e
cadenciada Inanição, que conta com
participação especial de Guilherme "Luxyahak" Medina, A Cadela de Buchenwald e a dinâmica S-21. Todas as composições possuem um mini
texto que explica seu conceito, o que é de extremo profissionalismo da banda,
assim como a ótima produção do disco, que ficou por conta do próprio
guitarrista Alysson Irala. Mais uma obra prima do Sad Theory.
9,0
Vitor
Franceschini
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