(2016
– Nacional)
Independente
Na mitologia grega Ceos é
um titã símbolo do conhecimento e da inteligência, um dos filhos de Gaia e
Urano. A banda paulistana, que consiste atualmente no ‘power trio’ Biel Astolfi
(vocal/baixo), Alexandre Chamy (guitarra) e Gabriel Rego (bateria) – Fabio
Abdala gravou o disco nas baquetas – faz jus ao nome.
Afinal, neste seu
primeiro trabalho a banda, além de mostrar muito conhecimento de causa,
consegue a proeza de emular o Rock clássico dos anos setenta e lhe dar uma
roupagem totalmente atual, sem forçar elementos ‘vintage’, sem buscar
sonoridades muito rebuscadas.
O resultado pode
surpreender muita gente, pois a banda consegue manter as características do
estilo, soar enérgica e ainda destila uma técnica acima da média, sem perder o
feeling. Enfim, trata-se de algo de muito bom gosto, sem precedentes e que deve
ser ouvido de qualquer forma.
Chamy consegue trazer
suas influências de Ritchie Blackmore (principalmente) e Jimmy Page, adicionar
sua personalidade e dar uma aula de riffs de bom gosto e solos que nos leva a
viagens momentâneas. Além de versátil com sua voz, Astolfi traz linhas de baixo
consistentes, que supre as arestas do som e com um ‘groove’ que só acrescenta.
Tudo com a bateria ditando ritmos hora quebrados, hora mais dinâmicos, sempre
bem explorada.
Ainda há espaço para
camas de teclados, que só enriquecem o trabalho, que possui uma produção, a
cargo do próprio Astolfi, que também não se preocupa em soar empoeirada e mesmo
atual, mantém a identidade clássica. Até ‘backings’ guturais você encontra no
disco, que traz um repertório abrangente (leia-se Progressivo, Blues e Hard
Rock) e muito equilibrado. Que trampo!
9,0
Vitor
Franceschini
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