(2018
– Nacional)
Hellion
Records
No auge de seus quase
setenta anos de idade (a serem completados no final deste 2019, mais
precisamente no dia 16 de dezembro), o guitarrista Billy F Gibbons, também
conhecido como ‘Reverend Willie G’, chega ao seu segundo disco totalmente solo
e mata a sede dos fãs de ZZ Top – que não lança nada em estúdio desde 2012 –
com um trabalho genial.
Como o título já entrega,
temos em mãos um disco de Blues com muitas referências de Rock e ao Southern
Rock norte-americano, mas onde a música famosa de Chicago mais impõe seus
dotes. Tudo com aquela veia texana, terra onde nascera Gibbons no final dos
anos quarenta.
Músicas próprias,
‘emprestadas’ e algumas versões dos mestres do Blues compõem o tracklist, e
trazem em sua sonoridade um clima enérgico, com o Rock levando seus ritmos mais
para cima e timbres pesados, com destaque para o baixo de Joe Hardy, que traz
linhas densas e até sujas.
A faixa de abertura Missin’ Yo’ Kissin’ é um primor e já
ganha o ouvinte de cara, trazendo a assinatura da guitarra de Gibbons, que
mostra simplicidade, mas pegada certeira no que propõe. My Baby She Rocks, que vem logo em seguida, tem aquele ritmo safado
do Blues, onde esperamos entrar uma ‘stripper’ e fazer seu trabalho. Desta leva
ainda podemos destacar a ótima That’s
What She Said.
O guitarrista e vocalista
do ZZ Top ainda traz versões bem incorporadas com suas roupagens e sua voz
rouca de faixas como Standing Round
Crying e Rolling and Tumbling (ambas
gravadas originalmente por Muddy Waters), Bring
It to Jerome e a caricata Crackin’ Up
(ambas gravadas originalmente por Bo Didley).
Elwood Francis (guitarra,
harmonica), Joe Hardy (baixo, que produziu o disco ao lado de Gibbons), James
Harman (harmonica), Mike Flanigin (teclados), Greg Morrow (bateria) e Matt
Sorum (bateria, Guns n’ Roses, The Cult) é o time que faz esse trabalho soar
irrepreensível ao lado, é claro, de Billy F Gibbons.
9,0
Vitor
Franceschini
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