Por Vitor Franceschini
As leis de incentivo à
cultura (sim, são mais de uma) têm sido motivo de discussão calorosa em meio a
polarização política que o país vive no momento. Não só por parte da população,
mas também vomitada em forma de discurso de ódio ideológico até por
‘jornalistas’ do meio Metal. Tudo com pouco conhecimento e conteúdo com a
profundidade de uma poça d’água.
Algo que pode ser mais um
tiro no pé no cenário Rock/Metal. Afinal, somos tão carentes de apoio, que o
tempo perdido para as usar (erroneamente) como formas de ataques, poderíamos
aderir campanhas em prol da nossa música preferida, esclarecer dúvidas e buscar
de encontro com governos levantar recursos para apoio de bandas e eventos
dentro da música pesada.
Pois bem, as leis de
incentivo à cultura não são exclusividades de governos federais e muito menos
estaduais. Há muitas prefeituras que adotam a medida e tem produzido ótimos
trabalhos (incluindo no Metal) como shows, lançamentos de CD’s (e produtos do
tipo), além de promover a cultura de uma forma geral.
Algumas leis de incentivo
à cultura servem como incentivos fiscais e é aí que surgem as falácias. Muita
gente pensa que, como a ex-Lei Rouanet (agora somente Lei de Incentivo à
Cultura) trata de investimentos diretos (‘esmolas’) do governo. E não é bem
assim.
Em uma forma mais
coloquial de explicá-las (colocarei links no final do artigo que expliquem mais
a fundo), as leis de incentivo fiscais, além de promover a cultura (neste
caso), visa que artistas em geral levantem fundos através de empresas
(patrocínios, já ouviu falar?), sendo que estes investimentos se levantados,
assim como as empresas, são avaliados pelo, agora responsável pela pasta, Ministério
da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, e se aprovados essa empresa
tem parte de seus impostos ‘perdoados’ pelo governo.
Sacou como não tem
‘esmola’ e nem milhões doados de nossos bolsos aos artistas? Então, conforme os
incentivadores e incentivos forem maiores, a chance de maior ‘desconto’ são
grandes (vai de acordo com cada lei). No entanto, a lei federal de incentivo
fiscal (a mais conhecida estadual é o Proac – Programa de ação cultural) sofreu
mudanças e cortes do atual governo (pra variar), mas continua existindo e não
deixa de ser útil.
No mais, é bom se
informar antes, sem leviandade para alimentar seu ódio ideológico e procurar
entender como estas leis funcionam. Afinal, pra quem não sabe, além da chance
de artistas do nosso meio se beneficiar dessa lei, a cultura no Brasil emprega
milhões de pessoas (de camareiros, costureiros, montadores de palco, etc até
chegar aos artistas em si) e movimenta muita grana. Confira abaixo nos links
como funciona algumas leis de incentivos à cultura e a mudança atual da lei
federal (antiga Rouanet):
Lei Rouanet (agora lei de
incentivo à cultura apenas): http://www.ebc.com.br/cultura/2016/04/lei-rouanet-entenda-como-funciona-lei-de-incentivo-cultura
Mudanças na ex-Lei
Rouanet: http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2019-04/artistas-e-produtores-analisam-mudancas-na-lei-rouanet
OBS.: NÃO SERÃO PUBLICADOS COMENTÁRIOS ANÔNIMOS
*Vitor
Franceschini é editor do ARTE METAL, jornalista graduado, palmeirense e
headbanger que ama música em geral, principalmente a boa. Acredita que qualquer
ser envolvido com cultura ser contra essas leis, só pode ser do mal.
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