(2019
– Nacional)
Hellion
Records
É interessante resenhar
um álbum depois de ler algumas críticas paralelas ao mesmo. Mas é importante
não criar expectativas, para ter uma análise equilibrando o gosto pessoal e a
parte técnica. Isso acontece muitas vezes sem querer, porque crítica por crítica
não devem servir como parâmetros, afinal estamos falando de opinião.
“Flesh & Blood”
resgata a empolgação do Whitesnake perdida em “Forevermore” (2011), mas não
remonta somente ao passado da banda. O disco na verdade transita pela carreira
do grupo, trazendo o que de melhor David Coverdale e Cia possuem: Classic Rock,
Hard Rock e aquela pitada de Blues.
Inclusive podemos citar
aí os subgêneros que permeiam os citados. Porém, o leitor pode achar que é um
disco ‘mistureba’ e não o é. Como sempre, até em seus piores momentos, o
Whitesnake consegue concatenar isso tudo e transformar na sua própria
identidade. Então, temos um baita álbum de Rock.
Reb Beach e Joel Hoekstra
fazem um trabalho de guitarra tão primordial, que fica difícil sentir falta de
Doug Aldrich. Riffs básicos, mas pegajosos, solos ‘bluesy’ e até com linhas
Country e arranjos ricos dão a tonalidade das seis cordas, que comandam o baile
no trabalho.
A cozinha de Michael
Devin (baixo) e Tommy Aldridge (bateria) soa bem postada, com uma pegada
intensa na bateria, coisa que dá uma energia extra às composições. Michele Lupi
dá toda sua pompa com os teclados, enquanto a estrela principal, sim o senhor
Coverdale, prova a constatação e traz suas linhas variando, assim como fez
durante toda sua carreira na banda. Aliás, soando mais agressivo que o usual
nos últimos tempos.
Good
to See You Again, Shut Up and Kiss Me, Hey You (You Make Me Rock), Always and
Forever, Trouble Is Your Middle Name, Flesh & Blood
e a balada (claro) Heart of Stone são
os destaques iniciais, porém o trabalho fica ainda mais interessante quando se
ouve mais e mais. A versão nacional traz adesivo e pôster.
8,5
Vitor
Franceschini
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