Carregando um nome
clássico, à frente de uma banda clássica, fazendo um som clássico. Assim é
Vulcano, guitarrista e fundador da banda Hellish War, um dos pilares do Metal
tradicional brasileiro, que há mais de um quarto de século ergue a bandeira
deste estilo de som que é o que mais define o Heavy Metal em sua essência. Este
é o nosso convidado do Killing Yourself de hoje!
“Defender
of Metal” – Hellish War (2001): Esse álbum tem uma
história bem interessante. Tínhamos um mês pra terminar tudo e estava faltando
uma música pra fechar o CD. Duas semanas antes veio uma luz do Metal em mim e
me fez criar o som título: Defender Of
Metal, que foi escrito na sala de aula na faculdade. Após isso, fomos pro
estúdio Top Noise em São Paulo (as gravações foram financiadas pela Megahard
Records) e ficamos lá os cinco dias de carnaval pra finalizar a obra. Eis que a
produção foi bem anos 80 com temática viradas em batalhas medievais até a lei
do Heavy Metal impostas nas letras. Foi um álbum feito com o puro espírito do Metal
na alma da banda que até hoje temos essa sensação. No contexto de hoje é um
disco antológico.
Hellish War no início |
“Heroes
of Tomorrow” – Hellish War (2008): Depois de algumas
divergências com a extinta gravadora Megahard, conseguimos produzir este álbum
de forma independente em nossa cidade natal, Campinas/SP. Já tínhamos todos os
sons prontos e elaborados para mais um disco conceitual de Heavy Metal tradicional,
mais trabalhado e com riffs bem calculados. Considero um álbum bem produzido e
temático na ideologia “Metal Forever”. Foi feito no estúdio Sincopa e tivemos
bons momentos na preparação dos solos e arranjos feitos na hora da produção.
Uma grande obra que fizemos mantendo o mesmo estilo fiel ao Metal.
Época do álbum ao vivo |
“Live
In Germany” – Hellish War (2010): Um CD ao vivo era um
sonho para o Hellish War, pois acho que toda banda precisa ter um ‘live’ em sua
carreira e nunca imaginei que seria na Alemanha. No festival em que tocamos
havia um produtor local gravando as bandas e nos ofereceu seu trabalho lá.
Decidimos abraçar essa ideia e pegamos as gravações trazendo para o Brasil e
aqui foi feita a produção desse ‘live’. Produção total feita por mim e a
colaboração da banda na finalização. A distribuidora alemã Pure Steel abraçou o
laçamento desse CD e assim a Europa pode conhecer um pouco mais de nossa
história e trabalho. Em resumo, acho que foi um dos melhores ‘lives’ que saiu
naquela época que lançamos – 2010 -, e é um documento da banda desbravando
territórios germânicos com toda competência possível.
Hellish War atual |
“Keep
It Hellish” – Hellish War (2013): Na época desse álbum
tivemos uma transição de vocalista bem no meio da produção. Vários candidatos
foram ouvidos, alguns muito bons que nos gerou muitas dúvidas. Neste álbum já
tivemos a parceria de Ricardo Piccolli, que nos produziu com a maior
competência, mas sem vínculo com gravadoras ou distribuidoras, ou seja, mais um
trabalho independente nosso vocal novo. Criou-se uma expectativa dos fãs em
ouvir Bil Martins no lugar de Roger Hammer e, claro, cada um deles tem os fãs
em particular, ou seja, criou-se novos admiradores do Hellish War com Bil, que
deu uma nova cara pra banda sem perder a pegada que Roger havia deixado nos
potentes vocais com drive. Também é um CD que mantém a temática em batalhas,
mas diversificando os temas em cada som em particular, portanto, não há um tema
único em geral.
“Wine
of Gods” – Hellish War (2019): Considero um álbum em
que todos tiveram participação nas composições, todos deram o sangue neste CD. É
um disco que mantém o estilo Metal tradicional com aquele Power Metal e Speed
dos anos 80. Uma curiosidade é que a banda recorreu ao isolamento de todos para
que este disco fosse concluído. Ficamos em uma pousada onde só a banda tinha
acesso e assim foram terminadas as últimas faixas do CD. Também foi produzido
por Ricardo Piccoli, que deverá ser nosso produtor musical até o fim dos tempos
da banda. Considero um dos melhores discos até agora. E vale citar que foi
nosso primeiro trabalho totalmente financiado através de um edital público de
cultura, no caso o Proac do governo do estado de São Paulo. Quero ressaltar que
todas as capas dos álbuns são de autoria de Eduardo Burato, que nos acompanha
há 20 anos nessa luta no cenário Metal. Um abraço a todos leitores e que o Heavy
esteja em cada um de vocês!
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