terça-feira, 27 de abril de 2021

Filosofia Freestyle: CHORÃO: quão relevante ele seria nos dias de hoje?

 


Por Vitor Caricati

Título: Vitor Franceschini

 

Assisti ao documentário do Chorão, falecido vocal do Charlie Brown Jr. Excelente, diga-se de passagem. Aqui a chapa branca passou longe. A obra enaltece ao mesmo tempo que mostra um lado do cantor que pouca gente tinha noção que existia.

O interessante é que eu nunca consegui gostar muito da banda e provavelmente 90% da culpa disso, reside no próprio Chorão.

Nunca gostei, mas nunca detestei também - musicalmente falando. Sempre procurei ouvir as novidades relacionadas à banda, porém aguentar um disco inteiro dos santistas sempre acabava virando uma espécie de martírio pra mim. Da seara brasileira, sempre gostei bem mais de Raimundos, CSNZ e Planet Hemp pois a música desses caras me dizia muito mais, tanto musical quanto liricamente.

Quanto ao Chorão, sempre achei o falecido cantor uma mistura de Bam Margera caiçara com um Mike Muir da terceira divisão. Mas é fato que o cara fez a diferença no Rock nacional dos anos 90, gostando ou não dele. Ele era um porta voz muito fidedigno da molecada que cresceu nos anos 90, tanto musical quanto pessoalmente (Oloco, meu!).

Lembro exatamente do dia em que ele morreu. Um misto de susto com tristeza me acometeu mesmo não sendo admirador da obra dele. Todavia, já naquela época, eu já vislumbrava que caras como ele viriam a se tornar cada vez mais raros. Mas o que me deixou mais triste foi o fato de que o cara que deixou o Marcelo Camelo com olho roxo por semanas não estava mais entre nós. #xatiado

Falando a real, é triste que caras que possuíam uma identificação automática com o público jovem - como o Chorão - estejam cada vez mais escassos por aí pois isso veio a acarretar uma geração de adultos absolutamente chata e nostálgica. Como disse o Marcelo Nova do Camisa de Vênus, o Chorão era a Xuxa do Rock. Mas na real, não sei o quão relevante ele ainda seria nos dias de hoje.

 


 

Vitor Caricati é professor de inglês, guitarrista barulhento (das bandas Overthrash e Seattle Dead Idols) e as vezes gosta de fingir que sabe muito sobre pouca coisa.

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