Por Vitor Franceschini
Mesmo em meio a pandemia,
é notável como o tempo tem se esvaído. A era é do dinamismo e nos dedicar a
apreciação de obras hoje em dia está cada vez mais difícil. Por outro lado,
tenho que ressaltar um fator fundamental. Em tempos da era digital e da própria
falta de ‘tempo’, além de todo caos que nos cerca, mergulhar numa leitura tem
tido uma sensação melhor do que a esperada. Ainda mais quando o tema envolve
outra de nossas paixões, a música.
Como já dito aqui nesta
coluna, a Editora
Estética Torta tem se desdobrado no mercado literário nacional e trazido
excelentes livros, não só do mundo Rock e Metal, mas também da cultura pop em
geral. Recebemos alguns destes livros e as nossas expectativas foram mais que
superadas.
A começar por "Lobos
Que Foram Homens: A História do Moonspell", escrita por Ricardo S. Amorim (que não é o
guitarrista da banda). É interessante poder conferir um livro destes, afinal, a
aproximação do Moonspell com o fã
brasileiro de Metal não se restringe somente aos países serem culturalmente e historicamente
ligados. Mesmo sendo um gigante do Metal português, na verdade a maior banda do
estilo de todos os tempos na terra de Fernando Pessoa, o Moonspell mundialmente é uma banda de médio a grande porte. E isso
não é pejorativo e nem diminuir a banda. Apenas explica a aproximação com o
underground nosso.
Afinal, a banda
portuguesa se apresentou por aqui em várias fases de sua carreira, e com
exceção do Rock In Rio, a maioria
dos shows foram bem inimistas. E essa biografia nos faz ainda mais íntimo da
banda. Além da veia literária bem na linha ‘portuguesa’, com uma forma de
contar histórias que só eles sabem (devidamente adaptada ao ‘nosso’ português),
o livro tem participação intensa dos integrantes (atuais e ex), parecendo um
documentário, mas com algo mais profundo. Coisa que só a literatura permite.
Outro clássico lançado
pela Estética Torta é "Cowboy
do Inferno: Vida e Morte de Dimebag Darrel", escrita por Zac Crain. Esta biografia é mais direta
e um pouco mais focada no integrante, ou melhor, em um dos maiores guitarristas
de todos os tempos. Em minha singela opinião, um dos três mais originais da
história. Darrel Abbot, o famigerado
‘Dimebag’ do Pantera.
Obviamente que a história
da banda transcorre junto com a de seu mentor, mas os detalhes da pessoa de ‘Dime’
e seu carisma intenso, desmistificam muito do que o Pantera vendeu e/ou foi
confundido com o tempo, uma banda polêmica e mal vista. Por fim, mais duas
ótimas biografias, essenciais para qualquer fã de música pesada, que, em outros
tempos dificilmente chegariam por aqui! Aproveitem!
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outras obras, acesse:
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