(2021 – Nacional)
Nuclear
Blast
/ Shinigami
Records
Para quem não sabe, o White Stones é um projeto paralelo do uruguaio Martín Méndez, baixista que está desde 1997 no Opeth. Neste novo trabalho, ele (que aqui toca baixo e guitarra) tem ao seu lado Eloi Boucherie (vocal), Joan Carles Marí Tur (bateria) e João Sassetti (guitarra).
“Dancing
Into Oblivion” sucede o debut “Kuarahy”, lançado no ano passado, e que surpreendeu por sua
qualidade. Isto é, o segundo disco tem como tarefa se igualar ou superar seu
antecessor, o que não é fácil, mas não é impossível e ouvindo “Dancing Into Oblivion” constata-se
isso.
A qualidade dos trabalhos
praticamente se iguala, mas há características distintas nos discos. Enquanto o
debut mostrava uma banda mais agressiva, mesmo adotando andamentos quebrados e
viradas bruscas, o novo disco mostra certo abrandamento (guardadas as devidas
proporções), um ar mais intimista e um lado progressivo mais intenso.
Como o Progressive Death
Metal ainda é o foco, não ache que não há peso e agressividade. O White Stones apenas os dissolveu em uma
música mais intrincada, andamentos mais variados e uma sonoridade mais
sofisticada. Aliás, com relação a timbres e arranjos, as músicas aqui soam mais
próximas do Opeth de meio de
carreira, obviamente o que não é mera coincidência, e nem uma cópia.
Destaque para o trabalho
de guitarras, versátil, com linhas que fogem do comum e solos oportunos,
jogando a favor da música. A cozinha se sai bem, comandando as quebradas e
viradas típicas do estilo na bateria, com um baixo bem intenso. Não é um disco
de assimilação imediata, mas que possui muitas qualidades ao decorrer de sua
audição.
https://www.facebook.com/WhiteStonesOfficial/
8,5
Vitor
Franceschini
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