quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
SCOURGE - Metal do Ódio
Formada por Juarez Távora (vocal/baixo),Fernando Alencar (bateria), Rannhflaay e Marcelo Guarato (guitarras), a horda mineira Scourge acaba de soltar seu primeiro registro oficial. Trata-se do odioso "... On the Sin, Death, Lust and Hate...", onde a banda demonstra toda sua fúria e experiência de mais de 20 anos de underground.
Conversamos com o baixista e vocalista Juarez Távora, que além de muita simpatia, nos falou sobre o álbum e outros assuntos.
Arte Metal: É inevitável não falar a relação que a Scourge tem com o Cirrhosis (já que Juarez é ex-integrante da banda, e Marcelo e Fernando fazem parte da atual formação). O que este fato tem de vantagem e desvantagem para a Scourge e se o Cirrhosis os influencia de alguma forma?
Juarez Távora: A vantagem é que ficou mais fácil compor, pois já nos conhecemos musicalmente, a gente faz um riff e o Fernando já sabe o que colocar nele apesar que ele sempre tem uma surpresa, nunca faz a mesma coisa nas músicas! A maioria das pessoas vão comparar as 2 bandas mas o Scourge está começando e o Cirrhosis é uma banda com nome consolidado no metal, me orgulho de ter feito parte do Cirrhosis!!
AM: Conte-nos um pouco sobre a trajetória de vocês desde a fundação, pausa e retorno em 2008 e concepção de “... On the Sin, Death, Lust and Hate...”.
JT: Passaram varias pessoas pelo Scourge, foi muito complicado o início! Na realidade o Scourge começou agora com essa formação, temos a mesma idade, os mesmos gostos, e isso ajudou muito pra consolidar o trabalho. Quando o Marcelo e o Fernando entraram começamos a compor e acho que em 3 meses o cd estava pronto. O irmão do Fernando, o Henrique, tocava na banda também, que por sinal, toca no Cirrhosis também. Mas ele teve problemas particulares daí se ausentou da banda. O Rannfhlay, nome difícil da porra (risos), entrou uma semana antes do show em Porto Ferreira – SP e se adaptou bem!
AM: Vocês são de Minas Gerais, ou seja, o berço e mais importante Estado em termos de Metal Extremo no Brasil, fazem parte da cena há mais de 20 anos. Como você compararia a cena atual com a antiga cena de Minas?
JT: Hoje não existe mais aquele brilho nos olhos quando se encontrava um som novo. Antes era tudo motivo de comemorar uma fita cassete e se arrumava um vinil. Hoje existe concorrência, inveja. Hoje tem muita gente que luta por um ideal, mas muitos oportunistas querendo se aproveitar da situação! METAL NÃO É SOMENTE UM ESTILO DE MUSICA É UM ESTILO DE VIDA!
AM: Como tem sido a repercussão de “... On the Sin, Death, Lust and Hate…” até este momento?
JT: Pelo que a cogumelo nos informa e pelo que a gente observa em revistas sites e zines está sendo muito bem aceito, o pessoal está curtindo nossas músicas! Acho que conseguimos conciliar uma capa legal com nossas músicas e assim compomos um trabalho sólido tanto visualmente como sonoro! Fizemos tudo nos moldes antigos!
AM: Apesar de o álbum manter o equilíbrio entre as faixas que o compõem, eu destacaria a faixa título e “Rhivhotrhil”. Você tem alguma composição favorita ou que destacaria como o grande carro chefe do álbum?
JT: Gostamos de todas as músicas! Cada uma delas expressa o ódio que temos de pessoas oportunistas e falsas. Mas a galera curtiu mesmo a “Rhivhotrhil”! Ela é uma música bem cadenciada cheia de mudanças, uma massa sonora que expressa sentimentos nossos! Ficamos felizes que as pessoas estão comentando sobre nossas músicas!
AM: Fale-nos um pouco sobre a forma de compor da banda e quais as temáticas procuram abordar em suas letras.
JT: Bem trazemos as idéias de músicas pro ensaio mas sempre mudamos as bases (risos). Mudamos as músicas em plena gravação pra você ter idéia (mais risos ainda) loucura total! As letras expressam nosso ódio. Temas obscuros no subconsciente de cada um de nós, orgias, falamos da realidade da vida que não é mostrada pela sociedade que se esconde em uma máscara! Abordamos temas para que as pessoas não vejam as religiões como salvação para que as pessoas acreditem nelas mesmas que tenham auto estima! Religião não salva ninguém!
AM: O mundo do Metal é cheio de rótulos e muitas bandas não gostam de ser rotuladas. Vocês criaram o termo Hate Metal. Explique-nos melhor o que é o Hate Metal, tanto em termos de som quanto de atitude?
JT: METAL DO ÓDIO! Expressa bem o que sentimos pela falsidade. Nosso som é um açoite para todos os aproveitadores oportunistas, modistas pseudo-metal! Pessoas que acham que Metal é moda que pensam que dinheiro compra status! Por isso METAL DO ÓDIO. Nosso som é um tormento para essas pessoas!
AM: Deixe uma mensagem para os nossos leitores e fãs do Scourge. Muito obrigado!
JT: Primeiramente muito obrigado pela entrevista, são pessoas como você que faz que o metal sobreviva! Parabéns pela luta e não desista nunca! Agradecemos a todos que estão dando força para o Scourge! Vejo vocês na HATE TOUR! METAL RULES!
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