Resenha: RED FRONT - "Memories of War" - 2010 - Independente

A banda paulistana Red Front aposta numa sonoridade que vem ganhando, novamente (se já não chegou ao topo), mais força do que nunca, o Thrash Metal. O diferencial da banda é que conseguem unir elementos tanto do Thrash oitentista quanto do da década de noventa e, ainda, acrescentar a isso elementos do Death Metal e Hardcore.

A primeira prova disso fica no contraste entre a faixa título que abre o álbum após a intro e a segunda faixa, “Disaster”, já que a primeira mostrou uma veia mais extrema e tem uma levada direta e a segunda prima mais por uma toada mais moderna, típica dos anos noventa.

A maior característica do disco são os elementos de peso que compõem as músicas, que só ganham com os vocais agressivos rasgados de Léo. “Killer” é uma pedrada no início tendo variações durante sua execução, com belos solos de guitarras a cargo de Marcelo e Oscar.

As quebradeiras e maior variação de vocal imperam em “Institution Down”, enquanto “Just A Game” mostra ser a melhor faixa do disco unindo elementos do Thrash oitentista, beirando o Death Metal, principalmente pela agressividade dos vocais e sua forte pegada.

“Circle Of Hate” não deixa a peteca cair e mantém a brutalidade acesa, com destaque para os refrãos pegajosos e para a cozinha de Marq (baixo) e Bradock (bateria). “Get Out Here” tem uma levada à lá Pantera, portanto com um ar mais maléfico e menos escrachado. “Self Flagelation” tem um peso absurdo com seus riffs e levada cadenciada, mostrando mais um belo trabalho da cozinha, principalmente da batera.

“Born To Death” vem depois, com um início cheio de elementos árabes e uma introdução cadenciada para descambar para a porrada. Fechando bem o disco o torpedo de riffs de “Metalsplash”.

Destaque também para o trabalho gráfico do disco, que inclui uma capa simples, porém bem elaborada e encarte em forma de livreto com letras e informações sobre a banda. Um disco para quem aprecia o Thrash Metal e todas as suas formas.

NOTA 8,5

Vitor Franceschini