sexta-feira, 8 de julho de 2011

SEPULTURA – "Kairos" – 2011 – Nuclear Blast


Kairos é o sexto álbum do Sepultura com Derrick Green nos vocais, segundo com o baterista Jean Dolabella e o primeiro com a gravadora Nuclear Blast. A palavra Kairos vem do grego e significa’momento certo’, ‘opotuno’, ‘tempo não cronológico’, entre outras atribuições.

Não sei se seria o momento certo ou oportuno, mas Kairos ainda possui aquele gostinho de ‘falta algo’ que persegue o Sepultura há mais de dez anos. Não vamos bater na mesma tecla da ‘falta dos irmãos Cavalera’, principalmente o Max (Fãs de Igor que me perdoem, mas Jean é um monstro das baquetas), mas falta feeling, o mesmo que sobra nos shows da banda.

Não há dúvidas que Kairos é o melhor álbum da banda desde Chaos A.D., ainda mais em se tratando de produção (a cargo de Roy Z) e a tendência mais Metal em relação aos últimos álbuns, portanto, nada de surpreendente como há tempos é esperado.

O álbum é composto conceitualmente na história da própria banda e inicia com “Spectrum” que tem um ótimo riff no começo e bom trabalho de solos, mas não empolga durante a sua execução. Os timbres de guitarra estão perfeitos e a faixa título, apesar de cadenciada, tem ótimos arranjos e um refrão pegajoso.

“Relentless” remete aos tempos de Chaos A.D. e Roots, principalmente pela ótima pegada de bateria e as bases de guitarra. Derrick mostra que tem uma ótima garganta, com seus berros rasgados, mas comprova que não combina com o estilo do Sepultura, principalmente em Kairos, o disco mais Metal de sua fase.

“Mask” é outro destaque com Andreas despejando riffs simples, porém, empolgantes. Em “Born Strong”, Jean detona, seguido pelos belíssimos arranjos de guitarra e belas variações de execução. “No One Will Stand” descamba para o Thrash Metal puro e simples, sendo a mais brutal do disco.

Kairos possui um belíssimo trabalho gráfico, criada pelo artista americano Erich Sayers, com uma capa que traduz fielmente o título do disco.

Enfim um bom disco, com alguns destaques individuais, mas que, definitivamente, não empolga.

NOTA 7

Vitor Franceschini

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