terça-feira, 9 de agosto de 2011

MORBID ANGEL - ILLUD DIVINUM INSANUS – 2011 – Season Of Mist



Muito esperado pelos fãs, afinal eram oito anos sem material inédito, Illud Divinum Insanus traz de volta David Vicent (vocal/baixo) em novas composições. A banda apresenta também o novo baterista Tim Yeung, que substitui temporariamente Pete Sandoval. Completam a formação Trey Azagthoth e Destructor nas guitarras.

Não há dúvidas que o disco é surpreendente em termos de sonoridade, portanto, o lado negativo dessa surpresa pesa e muito, principalmente por se tratar de um dos maiores ícones do Death Metal mundial.
Depois da introdução a lá ‘Oompa-Loompa’ “Omni Potens”, a horrenda e até dançante “Too Extreme!” dá as caras, levando a nocaute até o menos radical dos fãs, pois se trata de um batidão digno de raves, sim, aqueles eventos cheio de gente descolada tomando ‘remédios’ pra dor de cabeça o tempo todo. Pra ajudar os vocais cheio de efeitos de Vicent tornam a faixa de vez extremamente descartável.
Com mais cara de Morbid Angel “Existo Vulgoré” serve como as cordas do ringue para nos ajudar a levantar. A faixa possui diversas características que consagrou o Death Metal praticado pelo grupo, e a linha de bateria está muito boa, parece outra banda em um mesmo disco. “Blades for Baal” segue a linha da anterior, sendo ainda melhor, com direito a ‘blast beats’ e um refrão bem típico do estilo, destacando novamente a bateria e os belos riffs de guitarra.
“I Am Morbid” se inicia com gritos em coro, estilo torcida, e se mostra uma bela faixa cadenciada, com arranjos muito bem elaborados e boa melodia, portanto, que se distancia um pouco das características da banda. “10 More Dead” segue a mesma linha, com menos empolgação.
Quando tudo parecia ter voltado aos eixos, eis que surge mais uma terrível batida, desta vez com “Destructos Vs. the Earth / Attack”. Até que esta composição cairia bem em um álbum do Rammstein, mas não em um do Morbid Angel. “Nevermore” dá fôlego novamente aos ‘deathbangers’, com mais ‘blast beats’ e um refrão pegajoso, além de mais riffs típicos, soando bacana até mesmo com mais coral na linha ‘Oompa-Loompa”.
“Radikult” é, terrivelmente, a pior faixa da história do Death Metal. Aliás, nem Death Metal é, portanto é executada por uma banda do estilo, lastimável. O que se confirma ouvindo esta composição é que as faixas péssimas do álbum são as de maior tempo de duração, ou seja, além de ousar, eles queriam torturar mesmo. “Profundis - Mea Culpa” fecha o trabalho com chave de lata.
Não costumo justificar a nota que dou para um trabalho, mas desta vez faço questão. Quatro pontos pelas quatro composições que tentaram, mas não salvaram o disco e meio ponto para a belíssima capa, que, diferentemente da sonoridade do disco, não descaracterizou a banda.
NOTA 4,5
Vitor Franceschini

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