O Scorner foi formado em 1993 por A. Mauricio Laube (guitarra) e Silvio Knop (baixo) e já lançou uma demo, intitulada Majesty em 1995 e um split-álbum com a banda Insane Devotion (que também conta com Laube em sua formação) chamado In Inferioribus Terrae, em 2000.
Atualmente o Scorner é capitaneado por Laube que faz tudo na banda. O som é um excelente Death Metal, o que pode ser conferido neste Bloodshedding.
Apesar da bateria programada, o som soa bem orgânico e direto, e “God Is Dead” abre o disco de forma brutal, aonde o verdadeiro fã de Metal extremo irá se deleitar com os ótimos riffs e peso da faixa. São menos de três minutos de um Death Metal que une influências das raízes do estilo com o atual Death Metal praticado por nomes como Cannibal Corpse e Nile.
“Shed The Blood” vem logo em seguida e mantém a chama da brutalidade acesa. A faixa possui um ótimo refrão, onde Laube mostra que sabe muito bem vomitar as letras com ‘classe’, dando mais um atrativo às composições do Scorner. Seu vocal soa quase monocórdio, com pouca variação, portanto casa perfeitamente com o estilo.
“Astonishing Willingness” mostra as influências de Brutal Death Metal através dos ótimos riffs de guitarra e bateria veloz, com um baixo que dá enorme peso à faixa. “Dawn Of The Dead” é a mais trabalhada do álbum, com uma boa variação rítmica, ótimos riffs e a bateria soando praticamente como se fosse de verdade, muito boa!
“Dark Passager” e “Planet Death” fecham o trabalho mantendo a chama do Death Metal acesa, já que a última faixa é um remix desnecessário para “Dawn Of The Dead”.
Vale destacar também a ótima capa e o trabalho gráfico do álbum que ficaram muito bons, com tonalidades que casam perfeitamente com as composições do disco. Uma pena o trabalho contar com apenas sete faixas (incluindo o remix), já que as composições são de ótima qualidade.
O trabalho contou com as participações especiais de Marcio Rapezzi (ex- Ahasverus) no baixo e Nahtaivel (Insane Devotion) nos backing vocals.
NOTA 8
Vitor Franceschini
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