terça-feira, 22 de novembro de 2011

ANLIS - Os sinais estão em todos os lugares




A banda gaúcha Anlis mostra uma sonoridade um tanto quanto diferente em aspectos, portanto mesclando estilos conhecidos do publico Rock/Metal. Além disso, os músicos que a compõe possuem maneiras peculiares de pensar, dando ênfase no presente e deixando o futuro fluir. Agora a banda lançará seu primeiro full lenght. Confira abaixo um interessante bate papo com Marcos Manzoni (vocal/violão), Alan Pires (guitarra) e Luiz Paulo Milani (baixo) – completam a formação Diego Fiorenza (bateria) e Alberto Ritter (teclado).
Faça um resumo da carreira da Anlis até os dias de hoje.
Marcus Manzoni (voz e violão) – A história da Anlis começou em Abril de 2006, quando junto com Alan Pires, tocando violão em um quarto escuro, resolvemos pensar em fazer algum som que representasse bem a nossa melancolia artística. Fizemos vários shows pelo Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Temos 3 EP’s lançados, e estamos gravando nosso primeiro disco completo, nestes tempos em fim – 2011, começo – 2012.
Qual o significado do nome Anlis?
Alan Pires (guitarra) – Não há apenas um significado correto. Alterando a ordem das letras do nome, podemos encontrar a palavra Sinal, que corresponde com as idéias das primeiras composições da banda. Mas, retendo-se no nome original, remete-me a alguma beleza oculta da diversidade.
Quais as principais influências da banda e como vocês classificariam o som da banda?
Alan Pires (guitarra) – As influências da banda provêm das influências individuais, que se mostram na maneira de cada um compor e de tocar. Sendo que, cada um tem influências peculiares e algumas em comum. A banda partiu do Gothic Metal, e hoje se encontra no Rock, sem limitações do gênero.
Como é o processo de composição da banda?
Marcus Manzoni (voz e violão) – Algum de nós aparece com alguma ideia premeditada, seja de um riff, melodia, harmonia ou linha de voz. Depois, deliberadamente compomos (juntos) sobre a primeira ideia.
Quais as principais diferenças entre os EPs “Tired Despair” (2008) e “A Dead Bird For Another Dead Bird” (2011)?
Luiz Paulo Milani (baixo) – Evidentemente, o primeiro EP surgiu de uma junção de ideias oriundas do que sentíamos na época, onde algumas já não fazem mais parte do contexto da banda. O som que expressamos no último EP é mais semelhante ao que vivemos hoje. Assim, dá pra se notar a modificação do som. Quero dizer, é como se mostrássemos um gráfico de diminuição do peso das guitarras e, outro gráfico que mostra o aumento da qualidade vocal e harmônica. A capa também demonstra uma nova questão estética. Ao invés de trabalhos gráficos apenas uma foto e o logo da banda substituído por uma fonte simples, ou seja, veio à tona contextos simplistas, porém que querem dizer muito.
Aliás qual o significado do nome do novo EP?
Luiz Paulo Milani (baixo) – Após a materialização das músicas, o EP foi batizado seguindo a análise da imagem escolhida para representar as músicas. A foto foi tirada cerca de um ano antes do lançamento do EP, é como se ela tivesse sido guardada inconscientemente para este trabalho. O nome me veio após começar a trabalhar na arte gráfica. A mensagem é que estaríamos entregando um pássaro morto (o da capa do disco) para outro pássaro morto (o ouvinte). Parece uma ideia pesada, porém se notarmos na contracapa, onde diz o nome da banda, consta em marca d’água que também somos pássaros mortos. Onde quero chegar é que podemos ser comparados, dentro de todos os contextos mundiais, como pássaros que não podem mais voar. Querendo dizer que estamos engessados.
O álbum “A Dead Bird For Another Dead Bird” possui um grande equilíbrio entre as quatro faixas, ou seja, todas são ótimas composições. Você poderia nos falar um pouco sobre cada uma delas?
Marcus Manzoni (voz e violão) – Primeiramente, obrigado pelas palavras de elogio. Isso só tem a fortificar nossos passos. “Come Back For Where You Belong”, é uma composição minha, uma ideia que repassei aos guris, de irmos pegando um pouco mais leve aos poucos. Dá pra dizer, literalmente, que apesar do desespero amoroso que ela carrega, é como se tivéssemos voltando ao lugar de onde realmente pertencemos. Que ainda não sabemos qual é, ou o que é. “Forgiveness Nevermore”, a segunda faixa, fez nos sentirmos em plena vitalidade da adolescência (risos), de quando começamos a banda. Pois após ouvirmos lembrou a nossa primeira composição, de quando éramos garotos e tínhamos aquela “heavymetalidade” no sangue. “Rainy Nights”, eu afirmo como uma das canções mais tristes que já cantei em minha vida. Se tu apagares a luz do teu quarto, ou apenas fechares os olhos, com fones de ouvido, ouvindo em volume alto, tenho certeza que te sentirás, ou em outro planeta, ou muito triste a ponto de chorar. “Grave Enough”, é a nossa filha querida, que carregaremos até o nosso túmulo, tenho certeza. Pois a popularidade dela é incrível. Toca ainda em rádios na Holanda, Estados Unidos, Portugal e Brasil, em diversas rádios on-line. Inclusive, ela nos levou a uma coletânea chamada “Dark Brazil”. Por isso, remixamos ela e a publicamos novamente. Acredito que foi válido reaproveitá-la.
Como tem sido a receptividade do álbum até então?
Alan Pires (guitarra) – A divulgação desse novo EP foi muito menor do que a do primeiro. Pois a banda se encontra em processo de gravação do seu primeiro álbum completo. Mas, aos ouvidos da crítica, sendo, entre elas a revista Roadie Crew, surtiu um efeito muito positivo. Sendo que ele também retrata aos ouvintes um estilo sonoro mais próximo do estilo atual da banda.
Quais os planos futuros da Anlis?
Alan Pires (guitarra) – Anlis é uma banda que não pensa no futuro, ela está seguindo o método do presente. O primeiro passo será acabar o primeiro álbum completo que está em processo de gravação, e poder usufruir ao máximo desta ótima experiência. Posteriormente, transformar as expectativas em realidade.
Deixem uma mensagem aos leitores.
Luiz Paulo Milani (baixo) – Os sinais estão em todo o lugar! O trabalho da Anlis é a pura expressão do que sentimos. Quem escutar e gostar estará entrando na frequência dos nossos sentimentos. 2012 será um grande ano para a Anlis, marcando a volta da banda nos palcos para a materialização de nossas novas músicas ao vivo. Nos encontraremos em suas caixas de som, fones de ouvido e pela estrada. Um abraço.


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