segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

CLAUSTROFOBIA – “PESTE” – 2011 – Sangre (Nacional)


Desde os primórdios, mais precisamente nos idos de 1995, quando lançaram a demo “Saint War”, os ‘malucos’ do Claustrofobia incluem músicas cantadas em português em todos seus trabalhos. “Peste”, o quinto trabalho oficial dos caras, traz simplesmente todas as composições cantadas na língua pátria. 

Como era de se esperar, a banda tirou de letra isso e ainda incluiu influências da música brasileira no trabalho, dando uma cara ainda mais própria às composições. São 10 faixas, muito bem compostas, executadas de forma muito coesa e com peso descomunal, onde algumas se destacam em diferentes características. 

Metal Malóka (nome já conhecido, pois a banda se auto rotula dessa forma) é um Thrashão brutal com belo riff e uma variação rítmica muito interessante. O final com o falecido apresentador Alborghetti cantando Aquarela do Brasil, espancando sua mesa com seu famoso porrete é impagável e confortante. 

A união Metal e cultura brasileira vem na instrumental Nota 6,66,onde, a banda faz um som de bateria de escola de samba misturado com Metal (com a participação do Batuque de Corda). Antes que torçam o nariz, ficou muito interessante e melhor que muita viagem celta ou viking que tantos ‘babam ovo’ por aí. 

Pino Da Granada já se inicia com um riff assustador e uma cozinha brutal. Sua cadência é um convite ao pogo. Alegoria Do Sangue também possui uma levada bacana e sua letra é muito inteligente, bem o retrato do país. Aliás, a maioria das letras do álbum demonstra bem a visão dos caras perante o Brasil. 

Bicho Humano é uma das mais brutais do disco, possui uma cozinha veloz e um pé no Death Metal. Vida De Mentira emana raiva em sua letra e possui um ‘groove’ legal, além de um trabalho mais variado de guitarras. 

O álbum foi produzido pelo renomado Ciero, no Da Tribo estúdios, o que só contribuiu com a sonoridade bem lapidada do trabalho. A arte da capa também ficou legal e a cargo de Alex Spike. Com “Peste”, o Claustrofobia mantém sua chama acesa e deixa mais um belo registro em sua história. 


8


Vitor Franceschini

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