O Veér é uma banda
‘cult’ de Black Metal e surgiu em 2008 na capital húngara Budapeste. Das cinzas
do Ravenshades, o baixista Ádám Major se juntou a M. e Paga (guitarras), Knot
(bateria) e Jim Jones (vocal) e resolveu se enveredar pelas raízes mais
profanas do Metal negro.
Originalmente lançado
em 2009, “The Measure Of Waste” foi relançado em 2012 com uma limitação de mil
cópias, além de 300 em formato LP (o famoso vinil) e mais 55 em versão especial
limitada, tudo com uma nova arte gráfica. Isto é, a banda está muito a fim de
divulgar seu primeiro trabalho.
O som dos Veér foge um
pouco do comum no estilo. Ao mesmo tempo em que é focado nas raízes do Black
Metal, há elementos que nos remetem a algo mais contemporâneo, enfim, a banda
não chega a soar datada. As influências, por exemplo, vão de Venom, Sodom até o
que foi criado na primeira metade da década de 90 na Noruega.
Porém, o estilo do
grupo possui também elementos próprios, como o peso atípico das guitarras, a
cadência das composições e a cozinha com um baixo ultra-pesado, além de uma
bateria tecnicamente limitada, mas que não compromete. Os vocais de Jim Jones é
o típico bêbado rasgado, o que dá um tom ainda mais ‘desgracento’ às
composições.
Apesar de toda a
proposta da banda pedir faixas longas, as composições não ‘torram o saco’ e
possuem uma média de tempo em torno dos 4 minutos. Meus destaques ficam por
conta de We´ve Lost In Light e Pull The Trigger que iniciam o trabalho
de forma brutal.
Já ...All The Things Will End, Novaya
Zemlya e Flesh Dominates são os
destaques pelo lado mais ‘slow’ da banda. “The Measure of Waste” é um bom
trabalho e o Veér é uma banda que representa dignamente a voz extrema e oculta
do underground do leste Europeu. É o tipo de trabalho a ser cultuado.
8,0
Vitor
Franceschini
Nenhum comentário:
Postar um comentário