O Witchcraft, apesar de
ter esse nome nada original em inglês, surgiu há mais de 15 anos e acaba de
lançar seu terceiro álbum, desta vez contando com letras e temáticas na língua
pátria, isto é, em húngaro. Fazendo um Black Metal mais tradicional, do que
seus conterrâneos costuma fazer, o grupo agradará em cheio os mais radicais do
estilo.
Primeiro porque a banda
é enraizada nos mestres nórdicos do estilo, segundo porque a banda faz um som
que permanecerá intacto no underground e, por fim, porque usa e abusa dos
clichês mais extremos do gênero. A temática abrange temas como paganismo e
trevas, e o som é direto e sem frescura, não incorporando nenhum elemento mais
melódico nas composições.
Em “Hegyek felettem”
(que significa ‘acima da colina’, em uma tradução livre) você encontrará vocais
rasgados, quase gritados envolto por guitarras ríspidas e gélidas, além de um
baixo reto e bateria devastadora. O diferencial dos caras é que algumas
composições como Megittam a vért e a
faixa título possuem algumas quebradas e mudanças de andamento, onde os riffs
passam a soar mais na linha Death Metal, mas mantendo a pegada do som.
Istentelen
abre
o disco de forma magnífica, com riffs eufóricos e uma dose de melodia que se
encaixou perfeitamente a velocidade da composição. O vocalista Angmar berra
agonizantemente dando uma aura de melancolia com fúria, que só composições de
Black Metal podem fazer sentir algo do tipo.
Összeesküvés
segue a mesma linha, enquanto Fekete és
hideg possui uma levada mais primordial, na linha de Hellhammer e
Bathory. Por isso é bom o ouvinte
prestar atenção em Csak a fagy que
une as raízes nórdicas com influências dos pais do Metal extremo, que mostra
que a banda conhece o chão que pisa.
É interessante citar
que no release da banda, em inglês, todos os nomes das canções em húngaro foram
traduzidos para o inglês, facilitando o trabalho da imprensa e a interpretação
do ouvinte, ponto pros caras. Completa o Witchcraft WLR (guitarra), Elzeril (baixo)
e Knot (bateria, que também é do Véer). Bom trabalho.
8,0
Vitor
Franceschini
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