Mesmo que o Folk Metal
esteja entrando naquela fase onde a criatividade está se esvaecendo, ainda há
bandas surgindo e investindo no estilo. O Huldre, oriundo da Dinamarca, é um
deles. A banda é genuína e foca suas temáticas e sonoridade na cultura do povo
nórdico, principalmente o dinamarquês.
Cantando em sua língua
pátria e com instrumentos orgânicos, a banda não se utiliza de efeitos de
sintetizadores ou teclados e conta com uma violinista, Laura Emilie Beck, e um
flautista, Troels Nørgaard, para dar mais realidade ao seu som. Isso torna o
Huldre uma verdadeira banda de Folk Metal.
Os vocais líricos de Nanna
Barslev dão um toque angelical à sonoridade que é contrastado com o poder das guitarras.
Os riffs seguem uma veia bem Heavy Metal e alia técnica com solos melódicos,
dando o peso necessário. A cozinha varia entre a agressividade e as levadas
típicas e dançantes do estilo.
Essa variação de ritmos
pode ser destacada em faixas como Ulvevinter
que, apesar do peso, inicia o álbum com um belo toque de violino e uma levada
característica. Assim como a excelente e quebrada Skovpolska. A brutalidade toma conta em faixas como Vaageblus que contem riffs cortantes e
‘blasts beats’, além de Knoglekvad e
seus riffs cavalgados.
Este é o primeiro
trabalho do Huldre e conta com uma boa produção, onde a sonoridade é cristalina
e todos os instrumentos estão bem distribuídos. Fãs do estilo irão se deleitar
com as canções que parecem vir das gélidas florestas dinamarquesas, assim como
o ouvinte de mente mais aberta. Boa estreia.
8,0
Vitor
Franceschini
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