Os russos do Oprich
surgiram em 1998 sempre com a proposta de investir numa sonoridade que abrange
o Pagan/Folk Metal com temáticas focadas no folclore local e no paganismo.
“Birdless Heavens” (originalmente intitulado “Небо без птиц”, já que cantam em
sua língua pátria) é o segundo álbum da banda.
O quinteto oriundo de Rybinsk,
norte da Rússia, faz um som que ora lembra os ‘cults’ noruegueses do Storm, e
às vezes lembram até os brasileiros do Tuatha de Danann. Mas se o leitor procura
algo de mais extremo aqui, pode ir tirando o cavalinho da chuva. Há momentos
extremos, mas muito poucos. Os temas aqui são épicos, melódicos...
Há parte Metal do
negócio fica por conta das guitarras distorcidas que destilam bases na linha
mais soturna do Doom Metal, enquanto a cozinha se responsabiliza por unir
levadas interessantes do Folk russo e partes mais cadenciadas. Os vocais de Pan
são graves limpos, e em alguns momentos soam dramáticos demais, em algumas
composições backings guturais caíram como uma luva.
Pan também toca flauta
e os arranjos são muito bem desenvolvidos. A produção um pouco suja tirou um
pouco o brilho do disco, ainda mais por se tratar de um som que precisa de um
áudio beirando à perfeição. Nada de inovador, mas que não soa ruim, indicado
somente aos fãs do estilo.
7,0
Vitor
Franceschini
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