A terra de onde vêm os
caras já nos deu grandes colheitas, tais como Black Sabbath e Judas Priest.
Afinal, Birmingham também é a cidade do Moghul que, apesar do nome nos remeter
a algo voltado ao Black Metal, faz um som que segue a linha Sludge/Doom Metal.
E quando mencionamos
tais gêneros, o negócio aqui é sério, pois os ingleses investem em composições
arrastadas, recheadas de guitarras com afinações baixas e clima bem
sorumbático. Tudo isso encabeçado por um vocal semi-gutural que agoniza com
alguns gritos e berros como suaves backings.
Mesmo tendo apenas duas
composições, o trabalho não soa cansativo. Ambas possuem mais de dez minutos de
duração, mas a malícia da banda em executá-las não permite que elas caiam no
ostracismo.
A faixa que dá nome ao
disco abre o trabalho com uma levada mais Doom Metal, seguindo a linha de nomes
como Black Sabbath e Candlemass. A levada soturna e o solo que acompanha o
início deixam essa característica latente. Enquanto isso, Hidden Hand é mais melódica e melancólica.
É aquele negócio,
gêneros complicados devem ser feitos por quem realmente entende, e o Moghul
sabe bem onde pisa. Não é definitivamente o som que agrada a gregos e troianos,
mas que irá conquistar de cara o verdadeiro apreciador do estilo, que sabe
exatamente os elementos que irá encontrar. Um bom disco.
8,0
Vitor
Franceschini
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