Os suecos do Stoneload se juntaram em
2009, mas a banda realmente tomou forma no ano passado após o lançamento de sua
primeira demo intitulada apenas como “Pre”. Logo em seguida começaram a compor
“Addict”, que seria o debut da banda, que foi lançado recentemente e já vem
tendo uma boa receptividade. Contando com Andreas Wikström (vocal), Thomas
Isaksson (guitarra), Tobias Oja (bateria) e Nitesh Mistry (baixo) a banda
mistura diversas influências que culminam em um Thrash Metal diferenciado.
Falamos com o simpático guitarrista Thomas Isaksson sobre essa mescla de sons,
o novo álbum, além da estreita relação com o Brasil que a banda tem
conquistado, dentre outros assuntos. Confira nas linhas abaixo.
Apesar
de juntar forças em 2009, o Stoneload entrou mesmo na ativa em 2012 e já lançou
a demo “Pre” no mesmo ano, sendo que “Addict” saiu em 2013. O último ano deve
ter sido intenso para a banda não?
Thomas
Isaksson: A demo/EP "Pre" saiu na primavera (N.E.:
outono no Brasil) de 2012 e se tornou a porta de abertura para o Stoneload.
Após o lançamento, continuamos escrevendo e gravando para o álbum de estreia, “Addict”.
Nesse ponto, não tínhamos qualquer contrato com uma gravadora. Mas
"Pre" foi tão bem aceito pela Sliptrick Records que eles queriam
assinar com o Stoneload. Assim, o trabalho foi intenso para terminar o álbum e
foi o principal objetivo. O lançamento foi planejado primeiro para o verão em
2012 (N.E.: inverno por aqui), mas atrasou. A data de lançamento definitiva e
oficial, eventualmente, tornou-se 03 de dezembro de 2012. Antes que o álbum
fosse lançado, o Stoneload lançou dois vídeos. O primeiro vídeo foi para Fallen One e, mais tarde, pouco antes do
lançamento do álbum, Visions foi
liberado. Então, houve muito trabalho e foco em gravar e obter esses vídeos
feitos durante o tempo de pré lançamento do álbum. E, claro, estávamos
trabalhando muito para agendar shows.
Como
foi o processo de criação e produção de “Addict”? Enfim, como a banda compõe?
Vocês trabalham juntos ou cada um traz uma ideia e depois vocês às juntam?
Thomas:
Na maior parte eu e Tobias iniciamos as composições. Muitas vezes conflitamos e
juntamos riffs e ideias nas linhas de bateria. Na segunda etapa, Andreas e
Nitesh se juntam e ajudam a finalizar as composições. Mas, como para cada
canção feita, nós fomos lentamente trabalhando para escrever novas músicas juntos,
desde o primeiro riff básico até a última parte vocal. A principal coisa quando
compomos é que, independentemente de quem ou como podemos começar a escrever a
música, todo mundo começa dar a sua opinião e dar ideias. O som do Stoneload não
é algo premeditado, e sim algo que surgiu conforme fomos compondo. Assim, no
início, não tínhamos uma ideia clara e precisa sobre a forma como o álbum
deveria soar. Houve e ainda há muitas e muitas canções que terminaram no lixo.
Apesar
de focarem seu som no Thrash Metal, há muita influência de Metal tradicional na
música do Stoneload. Além disso, vocês conseguem aliar bem essas influências
mais antigas com uma sonoridade atual, moderna, sem ser tendenciosa. Fale-nos
um pouco sobre isso.
Thomas:
No
início, quando estávamos procurando um cantor, fomos à procura de um vocalista que
rosnasse. Mas quando o Andreas queria se juntar a nós começamos a pensar de
forma diferente. Andreas é um vocalista que não rosna, é mais melódico, e a ideia
de misturar o som pesado com os vocais dele nos deixou motivados. Levou um
tempo para saber como iríamos criar isso. A resposta exata, é que no final, fazemos
a música que todos nós gostamos. E é uma mistura de influências de cada membro.
Eu acho que tivemos sucesso fazendo isso.
Além
disso, vocês não priorizam a velocidade nas músicas, o que é comum no Thrash
Metal. Pelo contrário, há muitas viradas e quebradas complexas nas composições.
Isso é algo natural ou a banda optou por fazer algo mais técnico e trabalhado?
Thomas:
Acho que isso surge naturalmente, pois nós praticamente não usamos solos de
guitarra em nossas músicas (exceto em Visions).
Tentamos criar bons interlúdios. Muitas vezes, antes de escrever a música
(guitarra, baixo e bateria) sem os vocais, sempre nos preocupamos em como irá
soar o instrumental. O por que de não nos utilizarmos de velocidade eu
realmente não sei. Não foi algo proposital. Talvez haja canções um pouco mais
rápidas no próximo álbum, nunca se sabe (risos).
Falando
em técnica, é interessante notar que nenhum instrumento se sobressai sobre o
outro no disco. Como foi a produção do disco?
Thomas:
Nós compomos e gravamos as músicas em nosso próprio estúdio (o Bullshit Studio)
e para a mixagem e masterização de “Addict” trabalhamos com Ronnie Bjornstrom
no EAP Studio. Ele nos ajudou muito a buscar nossa sonoridade pesada.
“Addict”
é um nome forte para um álbum. Além disso, a capa do disco traz uma foto forte.
Qual o contexto lírico por trás deste título? Enfim, do que se tratam as
letras?
Thomas:
Bem, a ideia por trás do título do álbum se originou porque escolhemos a faixa Addict para abrir-lo. Além disso, queríamos
fazer algo diferente para a arte da capa. A ideia básica, a mensagem foi: como
viciar-se no Stoneload? Então, nós enchemos uma seringa com pedras e
esperávamos que a metáfora falasse por si só. Sabemos que a arte da capa é
bastante surpreendente, e nós a escolhemos por isso.
O
álbum foi lançado há muito pouco tempo, há apenas 2 meses. Já deu pra sentir
alguma resposta do público? E quanto às críticas, como tem sido até então?
Thomas:
Bem, nós estamos começando a receber mais e mais críticas positivas e
diferentes da mídia. O que todos têm notado é a mistura de Thrash Metal com
vocais mais melódicos. Estamos recebendo uma boa resposta dos fãs também.
Estamos muito felizes por toda a resposta positiva que estamos recebendo. Isso alimenta
a nossa vontade e entusiasmo para compor novas músicas e continuar a tocar Metal!
Então, obrigado a todos pelo apoio e feedback!
Vocês
também já lançaram um vídeo para a faixa Visions.
Por que escolheram essa música e como foi o processo de produção do clipe?
Thomas:
Na verdade, nós lançamos outro vídeo antes de Visions. Foi para a canção Fallen
One e que foi lançada logo após o "Pre” sair. Mas voltando à sua
pergunta, Visions foi escolhida
porque é uma grande canção e que o enredo surgiu muito rápido. O vídeo foi
produzido pela Sliptrick Records. Eles mandaram um cameraman da Itália para a
Suécia para gravar. A filmagem foi feita em dois dias e o restante foi feito
por outra equipe que o pré-produziu e deu acabamento final ao vídeo. Durante
todo o tempo, tivemos a palavra final sobre o que ter e não ter no vídeo. Além
de Visions ser uma grande canção, é
provavelmente uma das nossas músicas mais fácil de absorver, de um ponto de
vista mais amplo. Pelo menos é o que acreditamos (risos). Assim, podemos dizer
que a escolha também foi estratégica.
Como
está a agenda de shows da banda? Pretendem passar pelo Brasil em um futuro
próximo?
Thomas:
Oh!
Se queremos isso? Hellyeah! Se o Brasil quiser o Stoneload tocará aí. Sabemos
que o Brasil é um país forte no Metal e nos deu um dos melhores... Sepultura!
Neste momento estamos trabalhando para conseguir mais shows, mas nós não temos
um plano de turnê acabado ainda (risos).
Pude
perceber que a resenha da banda no Arte Metal repercutiu bem entre os fãs do
Brasil. Qual a relação da banda com o país? Podem deixar uma mensagem aos fãs
brasileiros.
Thomas:
Sepultura!
A primeira coisa que vem na minha mente. Uma banda incrível que influenciou
milhões de crianças e headbangers, e ainda são. Tobias esteve no Brasil uma vez
e adorou. Esperamos que a nossa música se espalhe por todo o Brasil e que um
dia possamos ir até vocês, beber umas cervejas e detonar um fucking Metal
juntos! Para todos vocês que já ouviram falar de nós e nos deram um feedback
positivo, nós amamos vocês! Para todas as outras pessoas, nós convidamos você a
nos conhecer (risos)!
Que legal essa matéria! Muito feliz por ver esses caras tendo espaço! Além de ótimos músicos, são ótimas pessoas!
ResponderExcluirVida longa ao Stoneload!