Àqueles que acreditam que
o Rock nacional é aquele travestido de pop que as rádios insistem em nos socar
goela abaixo, aqui está o République Du Salém mostrando a verdade. Essa é a
verdadeira essência do Rock and Roll cantado em português. Músicos competentes
fazendo composições excelentes.
Sim, o cunho comercial
parece inevitável nesses casos, mas e daí se a música é boa? Aliás, realmente
boa. A sonoridade do grupo transita exatamente entre a técnica e a melodia pura
e simples, como o Rock foi consolidado na década de 70. Tudo com ótimas letras
em português, sem babaquices ou coisas do tipo.
O início com Cidadão Kane mostra uma veia Aerosmith
misturada com Made In Brazil gerando uma música clássica e com excelente
pegada. Corpo Achado, Bala Perdida
mostra que a banda sabe medir o peso, enquanto a balada Apenas Uma Canção de Amor faz a gente suspirar e pode ser
considerada a simples do disco, porém linda!
Sem
Hora Pra Voltar e sua linha de baixo bem sacana é o
típico Rock paulistano e possui uma letra que muitos ‘baladeiros’ irão se
identificar. Os Homens é mais uma
bela balada, com um ar filosófico e bem emotiva. Fechando o disco, Expresso 212 é aquela típica canção que
a banda resolve dar tudo de si para mostrar que não estão de brincadeira.
A produção a cargo de Brendan
Duffey e Adriano Daga, no Norcal Studios, não poderia ser melhor. Límpida e com
todos os instrumentos audíveis, só colabora com as composições. A única
ressalva fica por conta da quantidade de músicas, afinal 6 canções é muito
pouco para uma banda tão boa. Ótimo!
8,5
Vitor Franceschini
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