quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Entrevista: Maestah



O primeiro disco auto-intitulado do Maestah, lançado no ano passado, é aquele caso que passa a impressão de a banda ter gravado uns três trabalhos antes, tamanha a maturidade que a banda passa com seu Heavy/Prog Metal. E é sobre este primeiro trabalho que conversamos com o baixista Eduardo Pieczarka que, ao lado de Celso de Freyn (vocal), Diego Maciel (teclado), Lucas Santana (guitarra), Alfredo Souza (bateria), divulga seu debut e já prepara seu sucessor. Confira abaixo.

Primeiramente fale-nos como foi compor o primeiro disco “Maestah”? Vocês sentiram algum tipo de pressão por se tratar do primeiro álbum?
Eduardo Pieczarka: Vitor, gostaríamos de agradecer a oportunidade de estarmos conversando sobre nosso primeiro álbum aqui no blog com você. O álbum “Maestah” demorou algo em torno de 2 anos e meio para ser terminado. Eu (baixo e backing vocals) e o Lucas (guitarras) vinham de um projeto anterior, a Twilight of Time, e trouxeram algumas das composições que faziam parte desse projeto para continuar com a Maestah. Além disso, tivemos a troca de alguns membros da banda o que acabou por atrasar um pouco o cronograma de gravações. Não sentimos pressão por se tratar do primeiro álbum, mas queríamos cuidar dos detalhes para que saísse do jeito que idealizamos.

Em relação à sonoridade adotada, isso foi algum pré-requisito ou a banda deixou que fluísse?
Eduardo: Nós deixamos que a sonoridade da banda fluísse naturalmente, gostaríamos de soar originais, remetendo às influências que temos. Cremos que conseguimos deixar o som com a nossa cara.

Falando ainda em sonoridade, o Power e o Prog Metal aparecem como fortes influências. Vocês gostam deste estilo?
Eduardo: Sim, nossas maiores influências vêm dessas vertentes do Metal. Gostamos de vários estilos dentro do Metal (Prog, Power, Heavy, Thrash) e tentamos colocar isso no nosso som, de maneira a deixá-lo dinâmico.

No disco, a banda consegue se diferenciar dentro de um estilo que quase nada mais tem a ser explorado. Qual seria a fórmula para fugir da mesmice, mesmo não reinventando nada?
Eduardo: Entendemos que não nos limitamos a rótulos. Uns nos rotulam como Prog, outros como Heavy, outros como Power. Cremos que a fórmula é compor o que gostamos, com peso e técnica que gostamos de empregar nas composições, sem nos deixar levar para um ou para outro lado, mantendo a originalidade do som.

Nota-se no álbum a coesão entre os músicos. Mas também nota-se um equilíbrio intenso entre os instrumentos, todos tendo linhas importantes e não soando somente como complemento. Fale-nos um pouco a respeito disso.
Eduardo: Como comentamos na sua outra pergunta, demoramos em torno de 2 anos e meio para terminar de produzir e compor esse álbum, justamente para que ficasse do jeito que queríamos. Gostaríamos que todos os instrumentos soassem dessa maneira e que tudo soasse o mais equilibrado possível, dentro do que gostaríamos de apresentar. Tomamos todos os cuidados para que isso transparecesse na hora da gravação e da produção, que ficou a cargo do nosso amigo Karim Serri (Doomsday Hymn).



Outro fator preponderante em “Maestah” são os refrãos. Na hora de compor a banda se preocupa em criar algo que chame atenção ou isso flui naturalmente?
Eduardo: Entendemos que o refrão é o que mais chama a atenção na música em um primeiro momento. Depois, quando a pessoa vai ouvindo, vai se ligando na letra e tudo o mais que a música quer dizer, mas o refrão é peça chave. Eu sou um dos principais letristas, sempre tomo esse cuidado na hora da composição. Para a maioria das letras, o refrão veio primeiro, para que soasse forte e impacta-se a galera.

A faixa Little Shining Start tem uma versão cantada em italiano que passou a se chamar Mia Piccola Stela. Como e por que resolveram gravar neste idioma?
Eduardo: A faixa Little Shining Star foi composta pelo Celso de Freyn, nosso vocalista, em homenagem a Sara Regina de Freyn, sua filhinha, que veio a falecer vítima de câncer em 2012. A idéia de gravar ela em italiano para registrar no álbum já estava acertada, o que não estava era a versão em inglês, que acabou, inclusive vindo depois. O motivo é que ela havia nascido na Itália, onde o Celso morou durante alguns anos. Queríamos prestar essa homenagem à pequena em sua língua pátria. Além disso, estávamos precisando, a nosso ver, de mais uma balada no álbum. Dessa maneira, colocamos a versão em italiano como bonus track, para não destoar do resto do trabalho.

“Maestah” foi lançado no ano passado. Como a banda vê o álbum atualmente?
Eduardo: O álbum foi lançado em Dezembro de 2014. Estamos trabalhando na divulgação do mesmo desde então. Estamos recebendo ótimas críticas tanto aqui no Brasil como no Exterior, o que nos faz entender que estamos no caminho certo. A banda vê que, depois de tudo que foi passado e superado, está satisfeita com os frutos que estão sendo colhidos, e que o trabalho saiu com a cara que queríamos.

E provavelmente vocês já estão preparando algo novo. O que podem nos adiantar a respeito?
Eduardo: Estamos começando a compor as novas músicas para o próximo álbum. Com a mudança do baterista, entendemos que o som vai mudar um pouco, mas sem perder a essência do que foi mostrado no nosso debut. Prometemos que será tão pesado e técnico quanto o primeiro (risos).

Podem deixar a agenda da banda e fiquem à vontade para deixar uma mensagem aos leitores.
Eduardo: Estamos terminando de fazer nossa agenda de shows, mas ainda não temos muitas datas para divulgar. Estaremos divulgando as informações através da fanpage da banda no Facebook e do blog que estamos para lançar. Aos leitores do blog, gostaríamos de deixar o nosso muito obrigado pelo apoio ao nosso trabalho e que continuem divulgando a banda... Quanto mais gente conhecer e gostar do nosso som, mais saberemos que o objetivo foi alcançado. Abraço e nos vemos na estrada.


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