O primeiro disco
auto-intitulado do Maestah, lançado no ano passado, é aquele caso que passa a
impressão de a banda ter gravado uns três trabalhos antes, tamanha a maturidade
que a banda passa com seu Heavy/Prog Metal. E é sobre este primeiro trabalho
que conversamos com o baixista Eduardo Pieczarka que, ao lado de Celso de Freyn
(vocal), Diego Maciel (teclado), Lucas Santana (guitarra), Alfredo Souza
(bateria), divulga seu debut e já prepara seu sucessor. Confira abaixo.
Primeiramente
fale-nos como foi compor o primeiro disco “Maestah”? Vocês sentiram algum tipo
de pressão por se tratar do primeiro álbum?
Eduardo
Pieczarka: Vitor, gostaríamos de agradecer a oportunidade de
estarmos conversando sobre nosso primeiro álbum aqui no blog com você. O álbum “Maestah”
demorou algo em torno de 2 anos e meio para ser terminado. Eu (baixo e backing vocals)
e o Lucas (guitarras) vinham de um projeto anterior, a Twilight of Time, e
trouxeram algumas das composições que faziam parte desse projeto para continuar
com a Maestah. Além disso, tivemos a troca de alguns membros da banda o que
acabou por atrasar um pouco o cronograma de gravações. Não sentimos pressão por
se tratar do primeiro álbum, mas queríamos cuidar dos detalhes para que saísse
do jeito que idealizamos.
Em
relação à sonoridade adotada, isso foi algum pré-requisito ou a banda deixou
que fluísse?
Eduardo:
Nós
deixamos que a sonoridade da banda fluísse naturalmente, gostaríamos de soar
originais, remetendo às influências que temos. Cremos que conseguimos deixar o
som com a nossa cara.
Falando
ainda em sonoridade, o Power e o Prog Metal aparecem como fortes influências.
Vocês gostam deste estilo?
Eduardo:
Sim, nossas maiores influências vêm dessas vertentes do Metal. Gostamos de
vários estilos dentro do Metal (Prog, Power, Heavy, Thrash) e tentamos colocar
isso no nosso som, de maneira a deixá-lo dinâmico.
No
disco, a banda consegue se diferenciar dentro de um estilo que quase nada mais
tem a ser explorado. Qual seria a fórmula para fugir da mesmice, mesmo não
reinventando nada?
Eduardo:
Entendemos que não nos limitamos a rótulos. Uns nos rotulam como Prog, outros
como Heavy, outros como Power. Cremos que a fórmula é compor o que gostamos,
com peso e técnica que gostamos de empregar nas composições, sem nos deixar
levar para um ou para outro lado, mantendo a originalidade do som.
Nota-se
no álbum a coesão entre os músicos. Mas também nota-se um equilíbrio intenso
entre os instrumentos, todos tendo linhas importantes e não soando somente como
complemento. Fale-nos um pouco a respeito disso.
Eduardo:
Como
comentamos na sua outra pergunta, demoramos em torno de 2 anos e meio para
terminar de produzir e compor esse álbum, justamente para que ficasse do jeito
que queríamos. Gostaríamos que todos os instrumentos soassem dessa maneira e
que tudo soasse o mais equilibrado possível, dentro do que gostaríamos de
apresentar. Tomamos todos os cuidados para que isso transparecesse na hora da
gravação e da produção, que ficou a cargo do nosso amigo Karim Serri (Doomsday
Hymn).
Outro
fator preponderante em “Maestah” são os refrãos. Na hora de compor a banda se
preocupa em criar algo que chame atenção ou isso flui naturalmente?
Eduardo:
Entendemos que o refrão é o que mais chama a atenção na música em um primeiro
momento. Depois, quando a pessoa vai ouvindo, vai se ligando na letra e tudo o
mais que a música quer dizer, mas o refrão é peça chave. Eu sou um dos principais
letristas, sempre tomo esse cuidado na hora da composição. Para a maioria das
letras, o refrão veio primeiro, para que soasse forte e impacta-se a galera.
A
faixa Little Shining Start tem uma
versão cantada em italiano que passou a se chamar Mia Piccola Stela. Como e por que resolveram gravar neste idioma?
Eduardo:
A faixa Little Shining Star foi
composta pelo Celso de Freyn, nosso vocalista, em homenagem a Sara Regina de
Freyn, sua filhinha, que veio a falecer vítima de câncer em 2012. A idéia de
gravar ela em italiano para registrar no álbum já estava acertada, o que não
estava era a versão em inglês, que acabou, inclusive vindo depois. O motivo é
que ela havia nascido na Itália, onde o Celso morou durante alguns anos.
Queríamos prestar essa homenagem à pequena em sua língua pátria. Além disso,
estávamos precisando, a nosso ver, de mais uma balada no álbum. Dessa maneira,
colocamos a versão em italiano como bonus track, para não destoar do resto do
trabalho.
“Maestah”
foi lançado no ano passado. Como a banda vê o álbum atualmente?
Eduardo:
O álbum foi lançado em Dezembro de 2014. Estamos trabalhando na divulgação do
mesmo desde então. Estamos recebendo ótimas críticas tanto aqui no Brasil como
no Exterior, o que nos faz entender que estamos no caminho certo. A banda vê
que, depois de tudo que foi passado e superado, está satisfeita com os frutos
que estão sendo colhidos, e que o trabalho saiu com a cara que queríamos.
E
provavelmente vocês já estão preparando algo novo. O que podem nos adiantar a
respeito?
Eduardo:
Estamos começando a compor as novas músicas para o próximo álbum. Com a mudança
do baterista, entendemos que o som vai mudar um pouco, mas sem perder a
essência do que foi mostrado no nosso debut. Prometemos que será tão pesado e
técnico quanto o primeiro (risos).
Podem
deixar a agenda da banda e fiquem à vontade para deixar uma mensagem aos
leitores.
Eduardo:
Estamos terminando de fazer nossa agenda de shows, mas ainda não temos muitas
datas para divulgar. Estaremos divulgando as informações através da fanpage da
banda no Facebook e do blog que estamos para lançar. Aos leitores do blog,
gostaríamos de deixar o nosso muito obrigado pelo apoio ao nosso trabalho e que
continuem divulgando a banda... Quanto mais gente conhecer e gostar do nosso
som, mais saberemos que o objetivo foi alcançado. Abraço e nos vemos na estrada.
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