Destaque do Rock In Rio
em 2013 (mesmo tocando em um palco menor), uma das bandas que mais crescem no
Brasil (pelo menos no cenário metálico) e sucesso absoluto no Japão (chegando a
ficar no topo das paradas nipônicas). Enfim, o Hibria é uma realidade e talvez
viva uma estagnação, mas não um retrocesso.
Se isso é algo ruim cabe
ao leitor decidir, o fato é que este quinto álbum – o primeiro alto-intitulado
– passa longe de ser um trabalho ruim, pelo contrário. O Hibria está aqui,
mostrando o que é capaz, mas mantendo sua força e essência, soando moderno, mas
Metal tradicional, como sempre.
Apesar de mostrar uma
técnica absurda, o quinteto apostou em uma proposta direta, rápida e com
melodia na medida certa. Riffs super bem elaborados, mostrando timbres bem
atuais e um peso acima do que o estilo pede são a base, com solos melódicos e
intrincados. Mérito de Renato Osório e Abel Camargo.
A cozinha é forte, com
uma bateria potente e técnica a cargo de Eduardo Baldo, sendo que o baixo
furioso e cheio de viradas interessantes de Benhur Lima fica um passinho à
frente como destaque. Primeiro pela técnica do músico, segundo por impor um
instrumento que costuma ficar sempre ali atrás.
Iuri Sanson é um dos
melhores vocalistas de Heavy Metal do país e aqui mostra o ‘porquê’. Está
cantando como sempre, mas com menos variação, ele segue a linha do álbum que é
mais simples. Destaque sem dúvidas para Pain
que abre o disco magistralmente com direito a ‘metais’ (instrumentos de sopro)
e viradas insanas, além de um bom refrão, Abyss,
Tightrope e seus riffs massacrantes,
a balada Life e Fame com um dueto encantador entre Iuri e Mia Coldheart (Crucified
Barbara). Dificilmente o Hibria erra...
9,0
Vitor
Franceschini
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