Por Vitor Franceschini
Fotos: Divulgação & Kubo Metal (Facebook)
O terceiro álbum de
estúdio do Desdominus, “Uncreation” (2015), marcou a nova era da banda de vez
consolidando as características Death/Black Metal do quinteto paulista.
Consagrado no cenário nacional e reconhecido mundo afora, o disco
definitivamente colocou a banda em um patamar merecido. Para falar um pouco
mais do disco, da carreira da banda e seu futuro conversamos com o fundador Ney
Paulino (baterista) que hoje tem ao seu lado Wilian Gonsalves (guitarra),
Rafael de Faria (baixo) e Paolo Bruno (vocal/guitarra).
“Devastating
Millenary Lies” (2013) trouxe o Desdominus de volta às gravações e foi bem
recebido por crítica e público. O sucesso de seu antecessor fez com que vocês
se sentissem pressionados na hora de compor “Uncreation”?
Ney
Paulino: De maneira alguma, claro que sempre se quer fazer
um álbum que seja melhor que os anteriores, mas não nos prendemos a isso, mesmo
porque algumas músicas que gravamos para o “Uncreation” já existiam antes mesmo
de gravarmos o “Devastating Millenary Lies”.
Aliás,
como vocês vêem “Devastating Millenary Lies” hoje? “Uncreation” seria uma
evolução natural de seu antecessor?
Ney:
Pode-se dizer que sim, pois como disse na resposta anterior, não foi um foco na
hora de compor fazer algo se comparando ao álbum anterior, mas acabamos
ganhando um pouco mais de experiência gravando o “Devastating Millenary Lies”,
que acabou refletindo de maneira positiva no resultado final do “Uncreation”.
Acredito
que “Uncreation” solidifica a identidade da banda, assim como a característica
de vocês com seu Death/Black Metal habitual. Você concorda?
Ney:
Com o “Uncreation” tivemos uma grande exposição do nosso trabalho, e pensando
nisso pode-se afirmar que solidifica essa identidade, porém, sempre prezamos
por essas características em nossas músicas, talvez no “Uncreation” elas
ficaram mais evidentes e marcantes.
O
novo disco também parece trazer novos elementos, mais melodia e variação. Esse
foi o foco de vocês ou fluiu de forma natural?
Ney:
Fluiu naturalmente, sempre tem sido dessa maneira, acredito que o que ouvimos,
o estado de espírito e outras influências externas, sempre acabam de uma
maneira ou de outra influenciando consciente ou inconscientemente no que
criamos.
Coesão
e técnica também são pontos positivos em “Uncreation”. Como vocês procuram
trabalhar esses quesitos?
Ney:
A dedicação pessoal de cada integrante em seu instrumento, o tempo de estrada e
o entrosamento que temos, ajudou na hora de finalizar as músicas ponderando
onde deveria ser mais simples ou onde caberia algo mais elaborado. Acredito que
esse equilíbrio transformou o disco em uma unidade musical, onde os
instrumentos não competem entre si, mas somam-se dando vida à música.
Vocês
trabalharam com Ricardo Biancarelli na produção do novo álbum. Conseguiram
chegar ao resultado que pretendia ou sempre vai ficar faltando algo (como
muitas bandas declaram quase sempre, risos)?
Ney:
Esse é um dilema que não nos incomodou dessa vez, pelo contrário, saímos do
estúdio com nossas expectativas superadas, além de ser muito profissional e
competente no que faz, o Ricardo Biancarelli, também é uma pessoa muito calma e
que sabe direcionar o trabalho sem pressão, buscando o melhor resultado e
extraindo o melhor do músico.
“Uncreation”
parece trazer temáticas mais próximas da realidade, a começar pela faixa de
abertura Certo e Convicto. Fale-nos
um pouco mais sobre os temas por trás das letras.
Ney:
Nas nossas letras procuramos mostrar nossa forma de enxergar o mundo livre de
dogmas, prezando o livre pensamento e mostrando algumas formas em que podemos
ser enganados e limitados a gozar da plena liberdade. Algumas letras são mais
diretas, como a Certo e Convicto que
você citou, outras deixam mensagens nas entrelinhas, não seguimos um padrão
nesse sentido.
E
como “Uncreation” tem sido recebido tanto pela crítica quanto pelo público? O
álbum tem tido ‘feedback’ do exterior?
Ney:
Temos recebido muitas críticas positivas e indicações de melhor lançamento de
2015 por parte da mídia especializada e feedbacks gratificantes por parte do
público, sejam comentando pessoalmente ou através das mídias sociais ou nos
shows cantando as músicas ou ainda adquirindo o disco. No exterior, tivemos
algumas respostas positivas, confira a última delas: Canal Foxypancakes https://www.youtube.com/watch?v=zSeBIFO00lY&nohtml5=False
Vi
que a banda teve uma boa agenda de shows no final de 2015. Tem tido mais
espaços para tocar, vocês estão trabalhando mais na divulgação de “Uncreation”?
Enfim, fale-nos um pouco dos planos de vocês.
Ney:
Após o lançamento (Set/2015), apareceram boas oportunidades de apresentação,
tocamos com o At The Gates, Asphix, Master, frutos de nossa parceria com a
Metal Midia, que vem fazendo um trabalho notável na divulgação do “Uncreation”
e dos contatos que temos com produtores. Para 2016 seguiremos divulgando o novo
disco, vamos produzir mais um vídeo clipe e estamos fechando uma parceria para
lançar um split com “Without Domain” (debut de 2003) e “Autopsy Of The Mind”
(primeira demo de 1997) em vinil. Pretendemos também começar a criar novas
músicas pra um próximo disco.
Muito
obrigado pela entrevista. Pode deixar uma mensagem aos leitores do Arte Metal.
Ney:
Agradeço
pelo espaço e tempo despendido para divulgarmos nosso trabalho e aproveito para
parabenizá-lo Vitor Hugo Franceschini, pelo trabalho realizado em prol da cena
Metal. Aos leitores que ainda não conhecem nosso trabalho, ou conhecem alguma
coisa, convido a visitar, curtir e se inscrever nos nossos canais de divulgação
e ficar por dentro das atividades da banda:
Conheço esse cara TATOOADO, kkkkk
ResponderExcluirA entidade XULIPA estava presente em LEME, onde foi tirada essa photo , pelo camarada KUBO.
ResponderExcluirAlias foi um PUT* show.....