quinta-feira, 21 de abril de 2016

Entrevista: Desdominus



Por Vitor Franceschini
Fotos: Divulgação & Kubo Metal (Facebook)

O terceiro álbum de estúdio do Desdominus, “Uncreation” (2015), marcou a nova era da banda de vez consolidando as características Death/Black Metal do quinteto paulista. Consagrado no cenário nacional e reconhecido mundo afora, o disco definitivamente colocou a banda em um patamar merecido. Para falar um pouco mais do disco, da carreira da banda e seu futuro conversamos com o fundador Ney Paulino (baterista) que hoje tem ao seu lado Wilian Gonsalves (guitarra), Rafael de Faria (baixo) e Paolo Bruno (vocal/guitarra).

“Devastating Millenary Lies” (2013) trouxe o Desdominus de volta às gravações e foi bem recebido por crítica e público. O sucesso de seu antecessor fez com que vocês se sentissem pressionados na hora de compor “Uncreation”?
Ney Paulino: De maneira alguma, claro que sempre se quer fazer um álbum que seja melhor que os anteriores, mas não nos prendemos a isso, mesmo porque algumas músicas que gravamos para o “Uncreation” já existiam antes mesmo de gravarmos o “Devastating Millenary Lies”.

Aliás, como vocês vêem “Devastating Millenary Lies” hoje? “Uncreation” seria uma evolução natural de seu antecessor?
Ney: Pode-se dizer que sim, pois como disse na resposta anterior, não foi um foco na hora de compor fazer algo se comparando ao álbum anterior, mas acabamos ganhando um pouco mais de experiência gravando o “Devastating Millenary Lies”, que acabou refletindo de maneira positiva no resultado final do “Uncreation”.

Acredito que “Uncreation” solidifica a identidade da banda, assim como a característica de vocês com seu Death/Black Metal habitual. Você concorda?
Ney: Com o “Uncreation” tivemos uma grande exposição do nosso trabalho, e pensando nisso pode-se afirmar que solidifica essa identidade, porém, sempre prezamos por essas características em nossas músicas, talvez no “Uncreation” elas ficaram mais evidentes e marcantes.

O novo disco também parece trazer novos elementos, mais melodia e variação. Esse foi o foco de vocês ou fluiu de forma natural?
Ney: Fluiu naturalmente, sempre tem sido dessa maneira, acredito que o que ouvimos, o estado de espírito e outras influências externas, sempre acabam de uma maneira ou de outra influenciando consciente ou inconscientemente no que criamos.

Coesão e técnica também são pontos positivos em “Uncreation”. Como vocês procuram trabalhar esses quesitos?
Ney: A dedicação pessoal de cada integrante em seu instrumento, o tempo de estrada e o entrosamento que temos, ajudou na hora de finalizar as músicas ponderando onde deveria ser mais simples ou onde caberia algo mais elaborado. Acredito que esse equilíbrio transformou o disco em uma unidade musical, onde os instrumentos não competem entre si, mas somam-se dando vida à música.

Vocês trabalharam com Ricardo Biancarelli na produção do novo álbum. Conseguiram chegar ao resultado que pretendia ou sempre vai ficar faltando algo (como muitas bandas declaram quase sempre, risos)?
Ney: Esse é um dilema que não nos incomodou dessa vez, pelo contrário, saímos do estúdio com nossas expectativas superadas, além de ser muito profissional e competente no que faz, o Ricardo Biancarelli, também é uma pessoa muito calma e que sabe direcionar o trabalho sem pressão, buscando o melhor resultado e extraindo o melhor do músico.



“Uncreation” parece trazer temáticas mais próximas da realidade, a começar pela faixa de abertura Certo e Convicto. Fale-nos um pouco mais sobre os temas por trás das letras.
Ney: Nas nossas letras procuramos mostrar nossa forma de enxergar o mundo livre de dogmas, prezando o livre pensamento e mostrando algumas formas em que podemos ser enganados e limitados a gozar da plena liberdade. Algumas letras são mais diretas, como a Certo e Convicto que você citou, outras deixam mensagens nas entrelinhas, não seguimos um padrão nesse sentido.

E como “Uncreation” tem sido recebido tanto pela crítica quanto pelo público? O álbum tem tido ‘feedback’ do exterior?
Ney: Temos recebido muitas críticas positivas e indicações de melhor lançamento de 2015 por parte da mídia especializada e feedbacks gratificantes por parte do público, sejam comentando pessoalmente ou através das mídias sociais ou nos shows cantando as músicas ou ainda adquirindo o disco. No exterior, tivemos algumas respostas positivas, confira a última delas: Canal Foxypancakes https://www.youtube.com/watch?v=zSeBIFO00lY&nohtml5=False

Vi que a banda teve uma boa agenda de shows no final de 2015. Tem tido mais espaços para tocar, vocês estão trabalhando mais na divulgação de “Uncreation”? Enfim, fale-nos um pouco dos planos de vocês.
Ney: Após o lançamento (Set/2015), apareceram boas oportunidades de apresentação, tocamos com o At The Gates, Asphix, Master, frutos de nossa parceria com a Metal Midia, que vem fazendo um trabalho notável na divulgação do “Uncreation” e dos contatos que temos com produtores. Para 2016 seguiremos divulgando o novo disco, vamos produzir mais um vídeo clipe e estamos fechando uma parceria para lançar um split com “Without Domain” (debut de 2003) e “Autopsy Of The Mind” (primeira demo de 1997) em vinil. Pretendemos também começar a criar novas músicas pra um próximo disco.

Muito obrigado pela entrevista. Pode deixar uma mensagem aos leitores do Arte Metal.
Ney: Agradeço pelo espaço e tempo despendido para divulgarmos nosso trabalho e aproveito para parabenizá-lo Vitor Hugo Franceschini, pelo trabalho realizado em prol da cena Metal. Aos leitores que ainda não conhecem nosso trabalho, ou conhecem alguma coisa, convido a visitar, curtir e se inscrever nos nossos canais de divulgação e ficar por dentro das atividades da banda:


2 comentários:

  1. Conheço esse cara TATOOADO, kkkkk

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  2. A entidade XULIPA estava presente em LEME, onde foi tirada essa photo , pelo camarada KUBO.
    Alias foi um PUT* show.....

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