(2016 – Nacional)
Dunna Records
Quando lançou seu
primeiro EP, “Engraved” (2013), os paulistanos da Attractha conseguiram deixar
o seu recado com um trabalho consistente, bem produzido (em um âmbito geral) e
com composições empolgantes. Enfim, prometia um futuro promissor.
Mas, com a saída do
vocalista Marcos de Canha esse futuro ficou um tanto quanto ameaçado. Afinal,
além de um bom vocalista, mudanças na formação (principalmente neste posto) são
sempre complicadas. Mas, tal fato parece não ter afetado a banda, somente
deixado os apreciadores da boa música do grupo aflitos por um breve momento.
Até que Cleber Krichinak
assumiu o posto e a banda voltou a trabalhar no tão aguardado debut. Tanto o
tempo entre o EP e o debut – que teve um single divulgado neste meio – quanto à
mudança trouxeram benefícios à sonoridade do grupo, algumas mudanças naturais,
porém com as características mantidas.
O Heavy Metal da banda
ganhou em peso, além de mostrar uma técnica apurada flertando com o Prog Metal
e o Hard Rock praticamente em todo o disco. Fato é que a Attractha procura soar
objetiva, mesmo tendo canções um tanto quanto longas (média de seis minutos),
mas que pela variação rítmica e quebradas não soam cansativas.
Outro fator que
colabora com a fácil assimilação de “No Fear To Face What's Buried Inside You”
são seus fortes refrãos. Em faixas como Unmasked
Files e Move On, por exemplo, a
gente já sai cantarolando-as desde a primeira audição do disco, às vezes até
sem perceber.
Krichinak, que não
poderia deixar de chamar mais atenção pela sua estreia na banda, se mostra um
cantor firme, com linhas agressivas na medida e um equilíbrio que só dá mais
qualidade ao disco. O instrumental é coeso, bem estruturado e dispensa
comentários maiores, assim como a produção de Edu Falaschi (Almah, ex-Angra,
Symbols) que só aperfeiçoou o disco. Destaque ainda para 231 e para a ‘powerballad’ No
More Lies.
9,0
Vitor
Franceschini
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