Por Vitor Franceschini
Os suecos do Sabaton
retornam ao Brasil neste final de semana onde passam com a turnê “The Last
Stand Tour” e aportam a partir de hoje em seis cidades brasileiras: 28/10 Belo Horizonte,
Brasil – A Autêntica, 29/10 São Paulo, Brasil – Via Marquês, 30/10 Rio de
Janeiro, Brasil – Circo Voador, 01/11 Limeira, Brasil – Bar da Montanha, 02/11
Porto Alegre, Brasil – Opinião e 03/11 Curitiba, Brasil – Music Hall. Conversamos
um pouco com o baixista e manager da banda, Pär Sundström, para falar
exatamente destas datas, um pouco do novo disco “The Last Stand” e na mudança
de guitarrista que a banda passou recentemente. Confira.
“The
Last Stand” acaba de ser lançado e não tivemos acesso ao disco ainda. Até
porque o intuito aqui é falar um pouco da turnê que a banda fará pelo Brasil
novamente. Mas, como a banda o definiria para o fã e quais as principais
peculiaridades do disco?
Pär
Sundström: Acho que a principal diferença no novo álbum é que
cada integrante da banda teve mais liberdade musical do que nunca. Isso a gente
sempre fez tocando enquanto Joakim Bróden (vocalista) escrevia as letras. Mas, neste álbum todos têm realmente tido a
oportunidade de melhorar as canções. E isso pode claramente ser ouvido,
especialmente do baterista Hannes Van Dahl. Em se tratando do estilo lírico, fomos
um pouco mais flexíveis em termos de quando e onde da história que estávamos
cantando.
Vocês
retornam ao Brasil para seis apresentações. O que os motivaram a voltar ao país
e qual a sensação dessa relação tão estreita com o Brasil?
Pär:
A
turnê anterior foi ótima, e nós sentimos que os fãs do Brasil merecem mais
Sabaton.
Relação,
aliás, que se tornou mais próxima após uma espécie de homenagem no disco
“Heroes” (2014) na faixa Smoking Snakes
(que fala sobre a resistência de três heróis brasileiros, como ficaram
conhecidos os soldados que combateram até morte uma infantaria alemã em
Montese, Itália). Como foi receber a retribuição do exército brasileiro através
da execução da música pela “14ª Brigada de Infantaria Motorizada de
Florianópolis – Santa Catarina”? Vocês chegaram a ouvir a versão da banda do
exército? O que acharam?
Pär:
Eu
já ouvi três versões diferentes de bandas do exército tocando a música. Soa
incrível, todos nós nos sentimos honrados com isso. Muito bem feito. Esperamos
que um dia possamos fazer algo em conjunto com uma dessas orquestras.
O
álbum e o DVD “Heroes on Tour” foi lançado por aqui pela Shinigami Records. No
show, podemos ver que a banda está ainda melhor. Como esta não é a primeira vez
do grupo no Brasil, os fãs que já viram os shows anteriores esperam algo ainda
melhor e os que não viram aguardam ansiosamente, enfim, são duas
responsabilidades. Gostariam que falassem um pouco a respeito disso.
Pär:
Somos
uma banda de palco. Por isso quisemos lançar “Heroes” tão logo após “Swedish
Empire Live” (2013). Fico feliz que os fãs tenham concordado com isso.
Infelizmente
o guitarrista Thobbe Englund deixou a banda recentemente. O que afinal
aconteceu e como chegaram a Tommy Johansson para substituí-lo? Tommy já está
adaptado à banda?
Pär:
Thobbe queria fazer algo mais seu e o Sabaton tomava muito tempo. Totalmente
compreensível, mesmo que eu sinta falta dele, até porque ele é um dos meus
melhores amigos. Mas Tommy preenche isso muito bem. Nós pensamos nele e
dissemos sim de cara. Ele é um fã de Sabaton há tempos e um músico extremamente
talentoso. Ele rapidamente se adaptou e foi uma transição muito tranquila.
Voltando
aos shows por aqui, além das capitais, a banda passou e passará novamente no
interior paulista, na cidade de Limeira. Quais as lembranças do show que
fizeram por lá e o que os fãs podem esperar dessa vez?
Pär:
Só tenho boas memórias dessa tour. Tanto que pretendemos fazer tudo outra vez.
Talvez a exceção seja quando visitamos a estátua do Cristo Redentor no Rio de
Janeiro e estava tão nebuloso que não conseguíamos ver dois metros à frente,
só. Espero que possamos ter uma boa vista dessa vez.
Aliás,
qual o nível de enfoque os shows no Brasil terão em relação ao novo álbum “The
Last Stand”?
Pär:
A boa resposta em relação ao novo álbum fará com que toquemos diversas músicas
dele nos shows. Vamos ver. Pode ser que algo mude em relação ao Brasil.
Na
Europa vocês já contam com um público fiel e status de banda grande. Aqui a
banda caminha para tal fato. Acreditam que com essa nova turnê por aqui isso se
consolidará?
Pär:
Sei que nada vem rápido. Vai haver muitas tours e muitos shows antes que o
Sabaton tenha um reconhecimento mundial igual ao que tem na Europa.
E
como é ser considerado um dos principais nomes do Power Metal na atualidade?
Pergunto isso porque acredito que o estilo anda um pouco saturado e há pouco o
que se explorar, mas o Sabaton consegue atingir o ápice do estilo.
Pär:
Eu discordo que sejamos uma banda de Power Metal, até porque o estilo requer
vocais agudos e letras fantasiosas, coisas que a banda não possui. Eu sempre
nos vejo como uma banda de Heavy Metal
Por
fim, deixem uma mensagem aos fãs brasileiros tanto em relação à turnê por aqui,
quanto ao novo álbum “The Last Stand”?
Pär:
Obrigado a todos. Sei que o nome da turnê é um pouco assustador e deduz que
seria uma última tour. Mas, se fizermos bons shows, os fãs comparecerem e
espalharem isso, creio que essa realmente não será nossa última turnê. ;)
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