terça-feira, 18 de outubro de 2016

Soilwork – “Death Resonance”

(2016 – Nacional)             
                                   
Shinigami Records

“Death Resonance” é a prova da qualidade incontestável dos suecos do Soilwork. Afinal, não se trata de um álbum de inéditas, porém soa com ou mais qualidade que um full-lenght. Lançado como uma compilação, o trabalho traz apenas duas canções inéditas, lado B e bônus tracks que foram lançados com exclusividade no Japão.

Começando pelas duas composições inéditas, temos aqui duas preciosidades. Helsinki abre o disco com uma introdução hipnotizante e é exatamente assim que a música soa, mesmo depois de toda sua agressividade. A composição é a verdadeira mostra da versatilidade do Soilwork, soando agressiva e ao mesmo tempo acessível.

A faixa título mantém essa pegada, soando um pouco mais obscura e brutal. Interessante notar a dinâmica de ambas, os fortes refrãos e o trabalho vocal excelente de Björn "Speed" Strid. O cantor se mostra um dos melhores do estilo atualmente, com uma versatilidade impressionante, indo do rasgado ao gutural naturalmente, além de impor vocais limpos cativantes.

My Nerves, Your Everyday Tool, que foi lançada originalmente no EP “Beyond the Infinite” (2014) é outro grande destaque com sua melodia interessante, além de Resisting the Current que também saiu no EP, possui andamento e uma dinâmica enérgicos.

Das quinze composições, praticamente nenhuma fica devendo e correspondem exatamente ao que o Soilwork sempre se propôs. O interessante é saber que tais músicas ficaram de fora dos tracklists oficiais, sendo lançadas como lado B. Imagina o critério difícil na hora de escolher as que entram no álbum ou não, pois as 15 são faixas de boas pra excelentes.

Forever Lost in Vain e Sadistic Lullabye 2010 também merecem destaque. Vale lembrar que cinco composições foram remixadas exclusivamente para este disco. Por fim, o resultado final é mais que acima da média, afinal, “Death Resonance” pode ser adquirido como um álbum completo, pois o é e tem qualidade de sobra.


9,0

Vitor Franceschini


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