sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Meshuggah – “The Violent Sleep of Reason”

(2016 – Nacional)
                               
Shinigami Records

Quem nunca ouviu o som destes suecos com atenção não conseguiu perceber que a banda evoluiu passo a passo, nota a nota. Isso musicalmente falando, pois mantiveram suas características praticamente em todos os álbuns, desde o debut “Contradictions Collapse” (1991) até este novo disco.

Fato é que a banda manteve sua qualidade, se arriscou pouco e conseguiu uma regularidade que é um de seus pontos chaves. Isso até porque sua música sempre foi complexa até certo ponto, mas nunca indigesta. Como um dos principais representantes do Groove Metal de ontem, hoje a banda talvez seja o maior nome do Djent, sub-estilo complicado de se entender, mas que vem se estabelecendo no cenário atual.

Fato é que o grupo consegue fazer sua música sem se preocupar muito com pré-julgamentos e isso faz com que os fãs não abandonem a banda. “The Violent Sleep of Reason” é um disco forte, coeso e moderno na media certa, onde os pontos altos são as guitarras pesadas e sincopadas que dão as caras a todo o momento.

Os inconfundíveis vocais guturais de Jens Kidman estão potentes, soando como um dos principais destaques do trabalho. Claro que a poderosa e forte cozinha acentua o peso, e dá o ritmo às composições. Ritmo, aliás, que soa bem repetitivo durante toda a audição, causando uma certa hipnose no ouvinte, coisa que o Meshuggah sabe fazer muito bem.

Com a produção tinindo da própria banda e Tue Madsen, além de uma ótima arte de capa a cargo de Keerych Luminokaya, os suecos conseguem dar mais um soco na cara com uma música pesada e quebrada, previsível, porém não igual. Definir o som da banda é tão difícil quanto escolher os destaques do disco. É Meshuggah!


8,0

Vitor Franceschini


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