(2017
– Nacional)
Shinigami
Records
Contando com Alice
(vocal/baixo), Ale de La Veja (bateria) e a experiente Maria Fernanda Cals
(guitarra, ex-Vociferatus, Melyra, Impacto Profano, etc), a Indiscpline surgiu
em 2012 e curiosamente, além de uma demo (“In My Guts” de 2014), havia lançado
somente um trabalho ao vivo, “Live At Toca” (2015).
A banda que mostrou
qualidade antes mesmo de soltar o debut, fez com que o lançamento de seu
primeiro disco oficial fosse aguardado, e finalmente agora os fãs e curiosos
podem conferir em “Sanguínea” todo o potencial que a banda já demonstrava.
Enfim, a encomenda saiu até melhor do que o esperado.
Afinal, o que temos em
“Sanguínea” é uma mescla bem feita entre o Heavy Metal e o Hard Rock, onde
melodia e agressividade se encontram em uma musicalidade que soa natural, sem
forçar e cativa o ouvinte desde a primeira audição. Tudo com refrãos que
‘impregnam’ (no bom sentido) na cabeça e já trazem uma identificação imediata com
os amantes de ambos os estilos.
O trabalho de guitarra
de Maria Fernanda é um dos grandes destaques, até porque dá o peso necessário
às músicas, sem tirar sua acessibilidade, além dos timbres muito bem
escolhidos. A cozinha faz seu trabalho sem delongas, sendo que Alice mostra uma
interpretação cheia de gana, equilibrada e sem exageros (e que voz privilegiada
que ela tem).
Fear
in Your Eyes, Burning Bridges, Losing My Mind, Higher
e Poison são hits imediatos e mostram
a capacidade da banda em criar músicas que contagiam. Uma leve ressalva para a
produção do disco, que ficou a cargo de Felipe Eregion (Unearthly). Claro que a
qualidade está acima da média, mas talvez algo mais polido e menos abafado
combinasse melhor com a proposta da banda. No mais, que bela estreia.
8,5
Vitor
Franceschini
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