Por Vitor Franceschini
Talvez esse seja o artigo
mais curto dessa seção, pois o título já resume bem qual é a argumentação aqui.
Além do discurso de ódio propagado, é bem triste ver (continuar vendo), o quanto
os ‘metaleiros’ de hoje em dia se renderam ao conservadorismo exacerbado.
Sem querer chegar ao
ponto de apresentar soluções para o problema da violência no país, é muito
comum ver o pessoal da ‘cena’ bradar pelos quatro cantos do mundo que ‘bandido bom
é bandido morto’ e / ou que ‘vagabundo’ tem que se ferrar mesmo. Ou seja,
discurso adotado por conservadores exploradores da fé ou supostos políticos
‘salvadores da pátria’.
Há sentido nessa
intolerância, afinal de contas, vivemos uma onda de crimes que extrapolou os
limites de nossa sociedade e há muito a ser discutido para se solucionar isso,
mas não é o caso deste artigo, como dito no início.
A intenção aqui é alertar
para que tomem cuidado! Afinal de contas, nesta era do relativismo, bradar tal
discurso pode ser um tiro no pé. Quem viveu ou estudou a época da ditadura no
país (independentemente de posição política) sabe que foi uma era em que os
comandantes da época decidiam quem eram os vagabundos e bandidos da época. Não
adianta argumentar para fortalecer o discurso, porque fato é fato e estes não
estão nos livros de história (que muitos odeiam), é só conversar com alguém que
viveu àqueles tempos.
Naquele tempo era comum
taxarem artistas (obviamente que músicos estão inseridos neste meio), jornalistas,
escritores, filósofos e até atletas como vagabundos pelos conservadores, que
viam o ‘laboro’ somente naqueles que os obedeciam e / ou os apresentasse de
forma braçal (na maioria dos casos). Isso não precisa ser provado, pois tem
muita gente por aí até hoje que ainda
acha que é moleza não se usar do esforço físico para ‘trabalhar’, se é que
vocês me entendem. Lembrando sempre que ditadura não escolhe lados.
Pois então, nessa era do
relativismo, discursar de tal forma que concorde com isso, pode por em risco
sua reputação, caso você seja músico, jornalista, ator, jogador de futebol,
etc. E muitos que discursam sobre isso, no mínimo omitem que exploradores da fé
alheia, políticos corruptos e afins também sejam bandidos, sendo que alguns
possuem até alianças com os mesmos e fichas criminais. Então, o que seriam
bandidos e vagabundos para eles?
NÃO
SERÃO PUBLICADOS COMENTÁRIOS ANÔNIMOS
*Vitor
Franceschini é editor do ARTE Metal, jornalista graduado, palmeirense e
headbanger que ama música em geral, principalmente a boa. É vagabundo pra muita
gente.
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