quarta-feira, 30 de maio de 2018

Hugo Mariutti – “For a Simple Rainy Day”


(2017 – Nacional)

Independente

Como é saudável ver (e ouvir) que um Músico (com M maiúsculo mesmo – risos) não fica amarrado a apenas um estilo, provando que pode expandir a criatividade e alcançar públicos diferentes.

Hugo Mariutti já havia colocado as asinhas de fora (risos), quando participou do Remove Silence (ótima banda, que explora caminhos não ortodoxos para produzir música de qualidade!) no álbum “Fade” (2010). Logicamente, o público de Metal o (re)conhece pelo Shaman, André Matos, Hanceforth e Viper, mas deveria abrir os ouvidos (e o coração – risos) para um trabalho mais intimista, que revela outras facetas musicais.

“For A Simple Rainy Day” (segundo trabalho solo) além de mostrar o instrumentista, apresenta também o compositor e o produtor. Eleito como um dos principais guitarristas de sua geração, Hugo se sai muito bem nas onze faixas do álbum. Não. Não esperem o Neoclassic Power Metal. O que podemos sentir são elementos do Rock britânico. Ocean Colour Scene, The Verve, New Order (algumas linhas de baixo) e Radiohead são algumas bandas que influenciaram o trabalho. Mas há também referências do outro lado do Atlântico, como a experimentalismo do Mercury Rev de Buffalo, Nova Iorque.

No entanto, devemos destacar que as bandas citadas são apenas referências e/ou influências para tentar “enquadrar” a criatividade artística sem preconceitos e rótulos, a qual, por si só, já é uma dádiva atualmente, levando-se em consideração o “mais do mesmo” (risos). Difícil destacar uma ou outra faixa, pois foram criadas com sobreposição de harmonias e melodias e a cada “oreiada” (risos) surge algo novo. Liricamente, o álbum expõe pensamentos individuais que, de certa forma, são coletivos.

Recomendadíssimo para os que têm o coração aberto a novas experiências e para os que querem começar outras jornadas musicais com padrões desconhecidos, as quais saiam do nicho do Metal (sensacional e glorioso, mas música não é apenas um estilo!). Crianças e “crianços” (risos), não se transformem no “toca The Number... toca Fade to Black... toca Overkill”..., ou seja, o famoso “toca Raul... toca Olho Seco” nos eventos da vida (risos).

10

Adalberto Belgamo

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