(2017
– Nacional)
Independente
Como é saudável ver (e
ouvir) que um Músico (com M maiúsculo mesmo – risos) não fica amarrado a apenas
um estilo, provando que pode expandir a criatividade e alcançar públicos
diferentes.
Hugo Mariutti já havia
colocado as asinhas de fora (risos), quando participou do Remove Silence (ótima
banda, que explora caminhos não ortodoxos para produzir música de qualidade!)
no álbum “Fade” (2010). Logicamente, o público de Metal o (re)conhece pelo
Shaman, André Matos, Hanceforth e Viper, mas deveria abrir os ouvidos (e o
coração – risos) para um trabalho mais intimista, que revela outras facetas
musicais.
“For A Simple Rainy Day”
(segundo trabalho solo) além de mostrar o instrumentista, apresenta também o
compositor e o produtor. Eleito como um dos principais guitarristas de sua
geração, Hugo se sai muito bem nas onze faixas do álbum. Não. Não esperem o
Neoclassic Power Metal. O que podemos sentir são elementos do Rock britânico.
Ocean Colour Scene, The Verve, New Order (algumas linhas de baixo) e Radiohead
são algumas bandas que influenciaram o trabalho. Mas há também referências do
outro lado do Atlântico, como a experimentalismo do Mercury Rev de Buffalo,
Nova Iorque.
No entanto, devemos
destacar que as bandas citadas são apenas referências e/ou influências para
tentar “enquadrar” a criatividade artística sem preconceitos e rótulos, a qual,
por si só, já é uma dádiva atualmente, levando-se em consideração o “mais do
mesmo” (risos). Difícil destacar uma ou outra faixa, pois foram criadas com
sobreposição de harmonias e melodias e a cada “oreiada” (risos) surge algo
novo. Liricamente, o álbum expõe pensamentos individuais que, de certa forma,
são coletivos.
Recomendadíssimo para os
que têm o coração aberto a novas experiências e para os que querem começar
outras jornadas musicais com padrões desconhecidos, as quais saiam do nicho do
Metal (sensacional e glorioso, mas música não é apenas um estilo!). Crianças e
“crianços” (risos), não se transformem no “toca The Number... toca Fade to
Black... toca Overkill”..., ou seja, o famoso “toca Raul... toca Olho Seco” nos
eventos da vida (risos).
10
Adalberto
Belgamo
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