(2018
– Importado)
Brutal
Records
A Sinaya chega ao seu
debut e superando as expectativas. É inegável o talento da experiente banda,
que conta em sua formação atual com Mylena Monaco (vocal/guitarra, ex-Metallic
Crucifixion), Renata Petrelli (guitarra, ex-Hellarise), Cynthia Tsai (bateira,
Scatha, ex-Trinnity) e Bruna Melo (baixo), mas é fato que com musicistas
conhecidas, a exigência aumenta.
Porém, o quarteto não
peca em nenhum momento e mostra naturalidade durante todo o disco. A linha
tênue entre o Thrash e o Death Metal é onde a banda caminha, com conhecimento
de causa e uma competência absurda, com foco nas guitarras, mas com uma cozinha
poderosa.
Mostre este disco ao seu
amigo que só pensa em solos de guitarras, e crave pra ele a importância dos
riffs. Afinal, o que ouvimos nas oito composições é uma aula de como se criar
uma massa sonora com a guitarra, mostrando bom gosto e muito peso, com timbres
muito bem escolhidos.
Aliás, aproveita e chama
seu outro amigo que acha que Metal extremo é velocidade, e mostre como a
cadência das composições aqui contidas (não é nada arrastado, apenas sem
exageros) caem feito uma bigorna na cabeça. Mérito, aliás, do baixo estonteante
e vibrante, e da bateria com pegada e uma execução de bumbos duplos primordial.
Abyss
to Death, Bath of Memories e Infernal Sight talvez sejam as composições que mais resumem o
trabalho, o que não impede de ouvir todo o conteúdo, que é muito bom. Talvez o
pormenor sejam algumas levadas semelhantes, o que não ofusca a qualidade deste
debut. Deleite-se.
8,5
Vitor
Franceschini
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