quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Kamelot – “The Shadow Theory”


(2018 – Nacional)

Hellion Records

Definitivamente adaptado ao Kamelot, Tommy Karevik tem em “The Shadow Legacy” o seu álbum definitivo. Pois a banda tem em seu décimo segundo disco a identidade adaptada ao seu atual vocalista, que há seis anos chegou ao grupo. Mas é bom salientar que isso se deu em conjunto, com o Kamelot mantendo suas características e Karevik as suas.

“The Shadow Theory” é um álbum onde a principal banda norte-americana de Prog/Power Metal não arrisca muito, faz o que sabe fazer e soa mais objetiva como poucas vezes. Tudo bem que é um trabalho meio sombrio, até porque mantém aquela temática mais pós apocalíptica, mas isso não impede de ser um típico disco do Kamelot.

O disco marca a estreia do baterista Johan Nunez (Darkblazers, Firewind, Meridian Dawn), que substituiu Casy Grillo, uma missão difícil, pois o músico estava há quase vinte anos no Kamelot. Porém, apesar de uma seção rítmica não muito versátil, tudo corre bem na cozinha.

Thomas Youngblood mantém sua pegada, com riffs simples e solos oportunos sem muita exacerbação, mas sempre com riquezas no arranjo e melodias interessantes. Karevik se mostra seguro e as composições realmente são boas, o que prova que o que vale é o resultado final.

Refrãos fortes destacam composições como Phantom Divine (Shadow Empire), Ravenlight e a excelente Burns to Embrace, uma das melhores e mais pegajosas do disco que conta com um refrão de coro infantil, comandado pelo filho do guitarrista Thomas Dalton Youngblood.

Falando em participações especiais, o disco conta com diversas delas, sendo as mais ilustres a de Sascha Paeth (ex-Heavens Gate) que também produziu o disco, Jennifer Haben do Beyond The Black e Lauren Hart do Once Human. Um trabalho que define bem o que é o Kamelot.


8,5

Vitor Franceschini

Nenhum comentário:

Postar um comentário