Por Erick Tedesco
Pantanum, de Curitiba,
executa desde 2014 um denso Stoner Doom psicodélico com sonoridade única na
cena nacional. É uma das bandas que se apresentam neste domingo, 14, no Abraxas
Fest - edição Rio de Janeiro, o Fest de 5 anos da Abraxas como produtora e selo.
O último registro do Pantanum é o compacto “Purple Blaze”, que foi lançado em
vinil de 7" pela Abraxas, em parceria com a Zoom Discos e a Ride Ancient
Wave Records, em 2017. O primeiro álbum, Volume 1, saiu em 2015 com excelente
repercussão junto à mídia especializada e público. O Pantanum atualmente é
formado por Francisco Gusso (vocal/baixo), Bruno Silvério (bateria/vocal) e Alexandre Stresser
(guitarra/vocal). Confira a entrevista exclusiva com a banda.
O
Pantanum é, assim como as demais nacionais escaladas pro Abraxas Fest, perfeita
para abrir pro Eyehategod e Samsara Blues Experiment. Estas duas bandas gringas
são influências o que fazem, ou em algum momento já serviu de referência?
Francisco
Gusso: Com certeza! Quando a gente era adolescente há uns 15
anos atrás, a gente já pirava forte no Eyehategod, Iron Monkey, Bongzilla etc.
Lembro que na época eu (Francisco) e o Bruno montamos uma banda pra tocar uns Sludge
inspirado em Eyehategod e Sleep, isso lá por 2002. Na época a banda não vingou,
mas a gente já curtia os caras desde cedo. Anos depois a gente veio a conhecer
o Samsara e a parada simplesmente explodiu nossa cabeça. Na época eu andava
meio afastado do Metal e o Samsara foi uma das bandas que me fez voltar a tocar
e consequentemente foi uma das bandas que nos influenciaram a montar o Pantanum
em 2014. Ano passado viajamos até Florianópolis pra ver o show dos caras e foi
muito foda. Lembro de comentar durante o show sobre como eu gostaria de tocar
com eles, e agora, um ano depois cá estamos nós abrindo pra eles no Abraxas
Fest junto com o Eyehategod. Doidera total!
Existe
no Pantanum um trabalho bem marcante de percussão, que consegue imprimir
diversas sonoridades, de distintas épocas, e mais o efeito fuzz aqui e ali.
Enfim, quando entendem que é preciso puxar o freio de mão e não cair na
tentação da jam psicodélica e pesada sem limites?
Francisco:
Esse
entendimento veio com a experiência de tocar ao vivo com passar dos anos.
Durante os shows preferimos nos ater ao nosso repertório que está nos discos,
porque às vezes as jams podem não sair exatamente como você deseja e outras
vezes o público pode não estar afim de ficar vendo você fritar em improvisações
infinitas. Mas durante os ensaios é difícil de segurar a mão. Geralmente a
gente vai longe mesmo... Já teve vez que ficamos improvisando durante mais de
6h sem parar!
O
que o Pantanum transmite por meio da música que faz? Para quem nunca viu ao
vivo, o que podem esperar no Abraxas Fest do dia 14/10 no Rio?
Francisco:
O
nosso compromisso é 100% com o som que a gente faz, independentemente de
estilo, visual ou gênero musical. O que a gente quer passar é essa sensação de
espontaneidade e energia transcendental da música, embalada numa roupagem mais
voltada pro Doom e essa estética meio obscura do Metal, que é o que a gente
mais curte. Pra quem nunca nos viu tocar ao vivo pode esperar um show enérgico
e muito feeling pra balançar a cabeça.
Quando
sai o sucessor do single “Purple Blaze”, lançado pela Abraxas Records em
parceria com outros selos em 2017? E como vai soar?
Francisco: Estamos
trabalhando nisso. Já entramos no estúdio algumas vezes pra gravar algumas
linhas de bateria e terminar de compor as músicas novas. Até o fim do ano
esperamos estar com todo material gravado. Vão ser 6 músicas inéditas que
mostram o amadurecimento da banda e uma guinada para um som mais autoral e
autentico, inspirado em novas referências. Outra novidade é que estamos
trabalhando com letras em português, que é um desafio e tanto visto que são
pouquíssimas as bandas do gênero que conseguem trabalhar com a nossa língua
natal. É uma tentativa de criar algo mais autenticamente nosso, esteticamente
brasileiro saca? Dentro da cena Stoner/Doom. O novo material está ficando muito
bom e estamos empolgados e procurando novos parceiros para nos ajudar no
próximo lançamento.
SERVIÇO
Abraxas Fest no Rio de
Janeiro
Data: 14 de outubro de
2018
Horário: a partir das 18
horas
Bandas: Eyehategod,
Samsara Blues Experiment, Pantanum, Jupiterian
Local: Cais da Imperatriz
Endereço: Rua Sacadura Cabral, 145 – Centro/RJ
Ingresso: R$ 100
(primeiro lote antecipado)
Venda física (sem taxa de
conveniência): Rocksession (Rua Conde de Bonfim, 80, loja 3 – subsolo – Tijuca)
– 3168-4934 Tropicália Discos (Praça Olavo Bilac, 28 – Sala 207 – Centro) –
2224-9215 Hocus Pocus DNA (Rua 19 de fevereiro, 186 – Botafogo) – 3452-3377
Inside Rock (Avenida Amaro Cavalcanti, 157 – Méier) – 3985-8040 Sempre Música
Catete (Rua Corrêa Dutra, 99; sobreloja 216 – Catete) – 2265-6910
Na hora: R$ 120
Censura: 16 anos
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