(2017
– Nacional)
Hellion
Records
Muito legal esse projeto
que, infelizmente ainda não é de grande conhecimento do público brasileiro
(incluindo este que vos escreve), que é capitaneado pelo guitarrista alemão Frank
''Heino'' Badenhop. Ao seu lado, neste trabalho, os músicos permanentes são Mirko
Gätje (baixo) e Michael Wolpers (bateria, Victory, Running Wild).
Este é o segundo trabalho
e pode ser considerado uma Opera Metal, já que traz nosso tão apreciado Metal
na parte musical e liricamente aborda uma história, na ocasião, a história do
corsário Klaus Störtebeker, um dos mais famosos piratas teutônicos, que viveu
entre os anos 1300 e 1400.
O disco conta, nada mais
nada menos, que com as participações de músicos como: Bobby “Blitz” Ellsworth
(Overkill), David DeFeis (Virgin Steele), John Gallagher (Raven), Chris
Boltendahl (Grave Digger), Udo Dirkschneider (ex-Accept), Gerre Jeremia
(Tankard), Henning Basse (Firewind) e Ronnie Romero (Rainbow); os guitarristas Gary
Holt (Slayer, Exodus), Jeff Loomis (Nevermore, Arch Enemy), Nita Strauss (Alice
Cooper), John Norum (Europe), Axel Rudi Pell, David T. Chastain (Chastain) e
Victor Smolski (Rage).
Musicalmente o trabalho é
calcado no Heavy Metal tradicional germânico, com referências diretas em nomes
como Accept e Grave Digger. Se utilizando de ritmos não tão velozes e arranjos
enriquecidos com instrumentos acústicos e violino, a música soa boa aos ouvidos
e se utiliza de uma melodia bem dosada.
A banda mostra um disco
dinâmico e interessante de ouvir. Após uma longa intro, Restless and Wild, tendo Bobby “Blitz” Ellsworth como protagonista,
é a primeira a chamar atenção. Com uma levada interessante, pesada e semi cadenciada,
a música serve pra introduzir o ouvinte à história com um forte refrão e a
interpretação ‘raçuda’, típica de Bobby.
Outro destaque é Gotland, mais complexa e com arranjos
mais pomposos, traz Becky Gaber (Exotoxis, Psychophobia), David DeFeis, Katie
Jacoby no violino e os guitarristas Ivan "Miha" Mihaljević (Hard
Time) e Victor Smolski. A música tem um ritmo pendendo pro Folk e teclados mais
intensos.
A balada Mortal Symphony com o chileno Ronnie
Romero (vocal) – que vem se apresentando com o Rainbow ao vivo – é a primeira ‘acessivel’
a chamar atenção e seu clima épico é belíssimo. Falando em épico, Remember The Fallen com Chris Boltendahl
a frente, além de Jeff Loomis e David T. Chastain, e também os guitarristas Brian
Maillard (Dominici, Solid Vision) e Dethy Borchardt solando, é uma obra prima
de onze minutos e Metal em sua essência. Nem parece que tem tal tempo.
Por fim, o último
destaque é When The Last Bell Dies,
que traz Udo Dirkschneider com uma performance versátil, já que a faixa soa um
tanto quanto Doom e sombria. A música ainda traz os guitarristas Yiannis
Papadopoulos e Andreas Kowalzik. É bom ressaltar que essas composições são as
que chamam atenção, mas não ficam muito acima do restante do ‘tracklist’.
A versão nacional ainda
traz um encarte, que é um livreto na verdade, com 32 páginas com as letras
contando a história, além de todas as informações de cada músico participante
do trabalho, as informações técnicas e tudo o mais. Música e conceitos que com
certeza atrairão o público brasileiro.
8,5
Vitor
Franceschini
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