terça-feira, 9 de abril de 2019

Mortifer Rage: Honrando o Death Metal mineiro




Por Vitor Franceschini

Contando atualmente com Carlos “Pira” (vocal), Robert e Ramon (guitarras), Warley (baixo) e Wesley Adrian (bateria), a banda mineira Mortifer Rage colhe os frutos de seu Death Metal divulgando seu mais recente trabalho “Fall of Gods” (2017). Para falar sobre o terceiro álbum completo da banda, o vocalista Carlos conversou com o ARTE METAL e também falou sobre o próprio Death Meta, além das mudanças de line-up, entre outros assuntos. Confira.

“Fall of Gods” saiu nove anos após o segundo disco, “Murderous Ritual” (2008). Qual ou quais foram os motivos desta demora em soltar o terceiro disco?
Carlos Pira: A banda passou por mudanças na formação e lançamos um single em 2013. Seguimos participando de vários eventos durante esse período, então a inatividade só foi mesmo em relação a um ‘full album’.

Vocês criaram as faixas que estão no novo disco durante este tempo ou elas são mais recentes?
Carlos: Algumas sim e outras são recentes.

Aliás, qual a principal diferença deste novo disco em relação aos seus antecessores?
Carlos: Neste novo álbum, musicalmente e tematicamente, as variedades entre as composições são bem acentuadas e também dentro das mesmas, mas mantendo a mesma agressividade e técnica que caracteriza o nosso som e a produção em um todo ficou bem melhor em relação aos álbuns anteriores.

É interessante e bom mencionar, que a formação que gravou o segundo disco há quase 10 anos, também gravou “Fall of Gods”. Vocês mudaram alguma coisa na forma de compor e sentiram uma evolução natural de cada um, além do conjunto tanto nas gravações quanto nas apresentações atualmente?
Carlos: A formação mudou, o baixista da gravação saiu e entrou outro que também saiu e então eu assumi o baixo além do vocal, sendo assim a formação atual é diferente. Realmente tivemos uma evolução natural considerável e a banda ficou mais coesa em todos os aspectos.

E como é para manter uma formação inteira intacta por quase dez anos?
Carlos: Bem, como dito anteriormente foi mantido só a espinha dorsal da formação, o que já é um grande feito.

Voltando ao novo disco, o trabalho traz um Death Metal tradicional, mas que soa versátil, principalmente na alternância dos ritmos. Hoje em dia é muito comum as bandas soarem muito retas, sempre velozes... Gostaria que você falasse dessa característica da sonoridade da banda, que alterna ritmos rápidos e outros mais lentos.
Carlos: Sim, cada música, propositalmente, passa a assumir uma identidade própria desde a composição da mesma e que no montante dá uma característica marcante para o álbum como um todo.  Um álbum que mantém uma linha reta o tempo todo, mesmo tendo boas composições, gira em círculo e não nos agrada essa característica para o Mortifer Rage.



Aliás, a sonoridade da banda consegue ficar entre o ‘old school’ e ao mesmo tempo soar atual, mas sem as modernices de hoje em dia. Isso foi algo com que a banda se preocupou na hora de compor e gravar “Fall of Gods”?
Carlos: Não houve essa preocupação. Somos uma banda com formações e influências diversas por parte dos membros e esses referenciais dialogam entre si na constituição e identidade musical da banda naturalmente. Assim sendo essa característica refletiu positivamente na hora das composições.

Falando em sonoridade, a produção do disco conseguiu captar os instrumentos com qualidade e naturalidade. Como vocês chegaram e como foi trabalhar com o produtor André Damian?
Carlos: Foi exatamente o que pretendíamos, uma sonoridade direta e que todos os instrumentos e vozes soassem naturais.  André Damian é produtor e músico atuante, e já conhecia a banda há muito tempo e isso tudo, aliado ao seu profissionalismo, contribuiu para que o trabalho fluísse bem e com o resultado esperado.

Qual foi a repercussão do trabalho em relação à crítica e público? O disco chegou a ser lançado ou teve um ‘feedback’ do exterior?
Carlos: Tem sido muito bom. Desde o lançamento, temos tido um bom retorno por parte da crítica e do público, tanto que fizemos um tour pelo Nordeste em julho de 2018 sem agenciador, tudo devido à repercussão positiva do nosso trabalho e participamos de vários outros eventos do underground. O álbum não foi lançado no exterior, contudo tivemos um bom retorno de lá também, estando figurado entre os melhores lançamentos da América latina em 2018 pela crítica especializada e pela votação do público. E mesmo o álbum estando disponível em todas as maiores plataformas digitais do mundo, temos vendido um bom número de álbuns físicos para alguns países da América Latina também.

Por fim, quais os planos em termos de produção e shows da banda para 2019?
Carlos: Pretendemos lançar um single comemorativo de 20 anos de banda e seguir tocando pelo pais.

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