quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Voa, NERVOSA!




Por Vitor Franceschini

A banda paulistana de Thrash Metal Nervosa é uma realidade há um bom tempo. Desde o lançamento de seu primeiro disco, “Victim of Yourself” (2014) e suas primeiras turnês internacionais, o trio que se caracterizou em contar sempre com mulheres no seu line-up, só faz crescer e vem obtendo cada vez mais sucesso.

Hoje, já com quase 10 anos de carreira e três álbuns na bagagem (o próximo está chegando), além de shows pelo mundo inteiro, incluindo em grandes festivais europeus, Fernanda Lira (vocal/baixo), Prika Amaral (guitarra) e Luana Dametto (bateria) já estão confirmadas no Rock In Rio deste ano e no Wacken Open Air de 2020.

Isto é, em pleno ressurgimento do conservadorismo e no auge de discursos de ódio contra minorias (leia-se racismo, homofobia, misoginia, etc), uma banda exclusivamente de mulheres é (SIM!) uma das maiores representantes do Metal nacional da atualidade, mundialmente falando. Afinal, tocar em um dos maiores eventos de música do mundo e no maior de Metal do mundo, não é pra qualquer um. E isso é sensacional.



Outra coisa que é realidade é o fato de a Nervosa sofrer ataques gratuitos e julgamentos que poderíamos no mínimo chamar de doentios, mas é melhor não dar atenção a tais fatos, pois só corroboramos com isso. Aliás, isso também não é novidade para a banda, que parece crescer cada vez mais e também com estes absurdos.

Pessoalmente, mais precisamente no dia 30 de junho de 2012, este que vos escreve pôde assistir a uma apresentação da banda na cidade de Leme/SP, onde a banda mal tinha uma demo gravada e já emanava energia no palco, uma presença assustadora e gana a sair pelos olhos. Talvez sabendo trabalhar como sempre souberam, na batalha que é ter uma banda, mais alguém tenha visto isso, como empresários competentes, uma gravadora mundialmente renomada e um público que não se importa com gênero, muito menos com o sucesso alheio. Voa, NERVOSA!

*Vitor Franceschini é editor do ARTE METAL, jornalista graduado, palmeirense e headbanger que ama música em geral, principalmente a boa. Também ama as mulheres, independentemente se elas tocam Metal ou não.

Um comentário:

  1. E ai Vitor parabens pelo que e como escreveu o artigo sobre a banda, mesmo sem ter assistido ao vivo concordo em todos os pontos colocados.

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