(2021 – Nacional)
Nuclear
Blast
/ Shinigami
Records
Lá se vão oito anos desde o lançamento de “Surgical Steel” (2013), álbum que marcou o retorno triunfal do Carcass, depois de dezessete anos sem lançar um álbum cheio. Sim, o tempo não passa, ele atropela! E, agora, mesmo lançando material e mantendo-se em atividade, mais um hiato entre álbuns cheios.
Mas este não é o maior
dos problemas que podem ofuscar “Torn
Arteries”, sétimo álbum de estúdio dos ingleses, mas sim o fato de “Surgical Steel” ter sido um álbum
fenomenal onde o Carcass mostrou
todo seu potencial e uma energia digna de banda estreante.
Longe de ser um disco
ruim, o novo trabalho segue aquilo que o Carcass
sempre fez: não se repetir. Aqui, Jeff
Walker (vocal/baixo), Bill Steer
(guitarra) e Daniel Wilding
(bateria) apresentam uma banda mais burocrática, com andamentos mais variados e
uma boa dose de ‘groove’, além de uma leve diminuição na melodia.
Steer massificou os
riffs, deixando eles mais densos, onde, aliado ao peso do baixo de Walker, “Torn Arteries” ganha como
característica o peso. Wilding comanda sua parte com viradas bruscas e
variações, além de soar preciso. Ainda bem que Jeff Walker optou por variar mais seu vocal entre o rasgado (maior
parte) e o gutural, pois notava-se certa saturação de sua característica
monocórdia. Lembrando que as linhas contam com ‘backings’ de seus companheiros.
Ponto para o Carcass.
A produção, por conta da
própria banda (com mixagem de David
Castillo e masterização de Jens
Bogren) é outro ponto alto, com ótimos timbres e sonoridade. O ‘porém’ fica
por conta de as dez composições do álbum serem apenas boas e nada mais. Parece
faltar um ‘algo mais’ e isso fica difícil encontrar a cada audição. Pode ser
que passe batido.
https://www.facebook.com/OfficialCarcass
8,0
Vitor
Franceschini
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