O Power Metal ainda é
um estilo muito apreciado e mesmo que tachado como desgastado, sua árvore ainda
dá muitos bons frutos, mesmo que o sabor pareça sempre o mesmo, afinal não é
preciso ser original para ser bom, principalmente quando a banda é formada por
‘macacos velhos’.
Formado em 2010, o
Reverence foi formado pelo guitarrista Bryan Holland (ex- Tokyo Blade) e pelo
vocalista Todd Michael Hall (Harlet, Jack Starr's Burning Starr). Não bastasse
esses dois sujeitos, ainda completam o time o baterista Steve "Doc"
Wacholz (sim ele mesmo, ex- Savatage de “Sirens” (1983) a “Handful Of Rain”
(1994) ), Pete Rossi (guitarra) e o recém chegado Ned Meloni (baixo).
O som, como eu disse
antes, é focado no Power Metal e feito com muita raça e conhecimento de causa. Mas
não se resume apenas nisso, já que há muitos elementos de NWOBHM, Heavy Metal
tradicional e até Hard Rock (principalmente nos refrãos). Tudo é feito de forma
coesa e com uma melodia que jamais cansa o ouvinte, pois há um equilíbrio
intenso entre peso e os arranjos.
O trabalho primoroso,
sem dúvidas sem encontra nas guitarras, já que os riffs possuem um peso incomum
no estilo e são aliviados com belos e bem desenvolvidos solos. Observe a faixa Too Late e comprove o que eu digo. A
cozinha segue uma linha simples e coesa, e foge daquele padrão velocidade a
troco de nada, pelo contrário, a variação é muito boa.
Os vocais de Todd são
típicos do estilo, mas estão longe de soarem exagerados e possuem linhas e
refrãos interessantíssimos. Refrãos, aliás, que são a marca registrada da
banda. Isso pode ser constatado em Bleed
For Me, Gatekeeper e, na mais
Power Metal de todas, Monster, uma
das melhores do disco.
Ainda destaco Devil
In Disguise, Revolution Rising e
a power balada After The Leaves Have
Fallen. “When Darkness Calls” é a prova que não há estilos
saturados e sim bandas sem criatividade. Afinal, se o Power Metal está
desgastado o Reverence não ficou sabendo disso. Baita álbum!
9,0
Vitor
Franceschini
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