Que trabalho
profissional desses mato-grossenses! O segundo EP do Godhum (nome baseado na
ideia de um Deus que pode sangrar, o Deus homem), mostra o que todas as bandas
poderiam fazer. O disco vem em uma belíssima digipack e possui uma produção
sonora acima da média, a cargo de Lopes, no Riff Studio, em Cuiabá/MT.
Mas nada disso seria
completo se o som do grupo não casasse com este profissionalismo. O grupo faz
um Death Metal na escala de nomes como Gorefest e Benediction. Nem sempre
apostam na velocidade e procuram dar ênfase ao peso, o que faz ganharem pontos,
afinal não é só de rapidez que vive um som brutal.
Remanescentes de nomes
como Extremunção e Venial, os integrantes The Hammer (vocal/guitarra), Ankh
(guitarra), Luiz Magrão (baixo) e Fabrício Roder (bateria) mostram conhecimento
de causa e desenvolvem sua técnica da maneira que se encaixe com o estilo
proposto.
Riffs bem elaborados
com uma pegada Thrash dão bases para solos muito bem encaixados e até de certa
forma virtuosos. A cozinha trabalha bem as viradas, dando uma sustentação
eficiente e coesa. As três faixas que compõem o EP mostram um bom equilíbrio
dificultando destacar apenas uma.
O trabalho ainda vem
com o não menos espetacular primeiro EP “Hegemony” (2010) e conta com uma bela
arte de Gustavo Sazes (Morbid Angel, Old Man’s Child, Arch Enemy, etc.). Pode
gravar o debut já.
8,5
Vitor
Franceschini
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