A princípio devo
esclarecer que se este trabalho não tivesse uma veia ‘rocker’ no mínimo, não o
estaria resenhando. Afinal, o trabalho aqui apresentado apresenta-se dentre
várias vertentes da música e uma delas é o Rock. Sim, não só a capa causa
estranheza, mas o som também.
Totalmente fora dos
padrões, até mesmo da música underground brasileira, este segundo trabalho do
português Igor é indigesto, com poucos momentos interessantes. Mesmo notando a
ousadia, a qualidade dos músicos e a estrutura das composições, o negócio aqui
é pra quem tem paciência.
Elementos que vão desde
a darkwave, passando pelo techno/industrial, música típica regional se mesclam
com pedaços de Rock que flerta até com o gótico. O álbum é conceitual e cheio
de vinhetas, além de ser cantado na língua pátria.
Igor é um ótimo cantor,
com um timbre variado e a banda que o acompanha mostra um talento incomum
executando com maestria seus instrumentos. Mas a música em si passará longe de
agradar o público ‘rockeiro’, pelo menos no que se diz respeito a peso e
pegada.
Sim, há momentos
interessantes, principalmente para quem tem uma mente mais aberta. Os arranjos
são muito bons, e quando músicas como Nine
Dos Meus Quinze Anos e a melancólica Bailarina
Sem Futuro dão as caras, o negócio fica mais fácil de ser digerido. Outro
fator a ser mencionado é a bela produção, muito equilibrada, na medida certa.
Mas, infelizmente está mais para o lado de lá da música do que para o lado de
cá.
2,0
Generoso hein!
ResponderExcluirGeneroso hein amigo!
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